O anúncio da liberação do saldo bloqueado do FGTS para quem aderiu ao saque-aniversário e foi demitido entre 2020 e 2025 muda a rotina de milhões de trabalhadores, com pagamento realizado pela Caixa Econômica Federal em etapas e de forma escalonada, seguindo um calendário nacional e alcançando pessoas que tiveram o contrato de trabalho encerrado em diferentes modalidades de desligamento dentro do período definido.
Como funciona a liberação do saldo bloqueado do FGTS em duas parcelas?
A liberação do saldo bloqueado do FGTS contempla trabalhadores demitidos entre janeiro de 2020 e 23 de dezembro de 2025 que optaram pelo saque-aniversário. O valor total estimado é de R$ 7,8 bilhões, destinados a aproximadamente 14,1 milhões de pessoas, com pagamento em duas parcelas conforme o saldo disponível na conta vinculada ao contrato encerrado.
A primeira parcela, limitada a R$ 1,8 mil por conta, será paga até 30 de dezembro de 2025, liberando cerca de metade do total considerando apenas o saldo do contrato rescindido. A segunda parcela, com o valor remanescente, começa a ser paga a partir de fevereiro de 2026, seguindo cronograma que se estende até 12 de fevereiro, com crédito automático sempre que houver conta cadastrada.
Quem tem direito ao saque do saldo bloqueado do FGTS?
O direito ao saque do saldo bloqueado do FGTS exige que o trabalhador tenha aderido ao saque-aniversário e que tenha ocorrido suspensão ou rescisão do contrato de trabalho entre 2020 e 2025. Nesse modelo, parte do saldo do FGTS fica disponível anualmente no mês de aniversário, mas o valor da rescisão permaneceu bloqueado até a nova regra.
São contempladas, entre outras, as seguintes formas de desligamento que permitem a liberação do saldo vinculado à conta do contrato encerrado:
- Demissão sem justa causa;
- Despedida indireta;
- Rescisão por culpa recíproca;
- Rescisão por força maior;
- Falência da empresa ou morte do empregador individual;
- Nulidade do contrato de trabalho;
- Término de contrato por prazo determinado.
Trabalhadores avulsos que tiveram suspensão total do trabalho também estão incluídos nas regras de liberação. No caso de rescisão por acordo entre empregado e empregador, o saque do saldo liberado é limitado a 80% do valor disponível, variando conforme o tipo de desligamento e o saldo existente na conta.
Como verificar se o saldo bloqueado do FGTS será liberado?
A checagem sobre a liberação do saldo bloqueado do FGTS pode ser feita por diversos canais oficiais da Caixa. O principal é o aplicativo FGTS, no qual o trabalhador visualiza o saldo, identifica bloqueios relacionados ao saque-aniversário e acompanha a liberação dos valores, inclusive com indicação da conta de crédito cadastrada.
Além do aplicativo, a Caixa oferece atendimento pelo telefone 0800 726 0207, informando sobre situação das contas, calendários e orientações gerais. Agências físicas, terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui também podem ser usados para obter informações ou realizar o saque quando não houver conta cadastrada para crédito automático.
Para facilitar o entendimento das etapas, o processo de pagamento pode ser resumido da seguinte forma:
- Identificação do direito: trabalhador aderiu ao saque-aniversário e foi demitido entre 2020 e 2025;
- Verificação de saldo: consulta no aplicativo FGTS ou demais canais oficiais;
- Crédito automático: para quem cadastrou conta bancária até 18 de dezembro de 2025;
- Atendimento presencial: saque em lotéricas, agências ou correspondentes para quem não tem conta cadastrada.
Quais cuidados adotar ao utilizar o saldo liberado do FGTS?
Com a liberação do saldo bloqueado do FGTS, é importante ter atenção ao uso do dinheiro, sobretudo em cenários de desemprego ou instabilidade de renda. Em muitos casos, esse recurso funciona como um apoio financeiro temporário, exigindo planejamento mínimo para evitar que o valor se esgote rapidamente.
Entre os pontos frequentemente destacados em materiais de educação financeira estão recomendações que ajudam a organizar o orçamento e reduzir riscos de endividamento adicional:
- Priorizar despesas essenciais e dívidas com juros elevados, como cartão de crédito e cheque especial;
- Montar um orçamento básico para os meses seguintes ao desligamento, prevendo gastos fixos e variáveis;
- Evitar compartilhar dados pessoais fora dos canais oficiais da Caixa, prevenindo golpes e fraudes;
- Monitorar periodicamente o aplicativo FGTS para conferir lançamentos, movimentações e eventuais pendências.
Ao acompanhar o calendário, confirmar as informações diretamente com a Caixa e usar apenas canais oficiais, o trabalhador reduz problemas e aumenta a chance de receber o valor corretamente, utilizando o FGTS liberado de forma mais segura e alinhada às suas necessidades imediatas.