A Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciou uma nova ofensiva nas rodovias para combater o uso de versões fraudulentas da CNH Digital, o documento de habilitação em formato eletrônico. O foco das operações de fiscalização é identificar motoristas que utilizam aplicativos não oficiais ou imagens editadas para simular a regularidade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Como os agentes identificam uma Carteira Digital de Trânsito falsa?
O segredo da validação técnica está no sistema Vio, uma tecnologia de QR Code criptografado desenvolvida pelo Serpro. Durante a abordagem, o policial não apenas “olha” a tela do celular, mas escaneia o código com um equipamento que cruza os dados em tempo real com a base nacional.
Aplicativos falsos, comprados no “mercado paralelo” da internet, tentam imitar a interface da Carteira Digital de Trânsito (CDT). No entanto, esses softwares piratas falham na hora da leitura biométrica ou geram códigos que não são reconhecidos pelo sistema da PRF.
Qual o perigo de usar “prints” e capturas de tela na blitz?
Muitos condutores ainda acreditam que apresentar uma captura de tela (screenshot) salva na galeria é suficiente para cumprir a lei. As autoridades alertam que a imagem estática não possui as camadas de segurança dinâmica, como o movimento holográfico que aparece ao tocar na tela do app oficial.
Dependendo do rigor da fiscalização em estados como Rio de Janeiro e São Paulo, a recusa em abrir o aplicativo oficial pode gerar transtornos. O agente precisa verificar a validade e a pontuação atualizada, dados que um simples arquivo de imagem (JPG ou PDF) não fornece com confiabilidade.
Para não cair em golpes ou ter problemas na estrada, verifique se o seu aplicativo possui as seguintes características de segurança:
- Fonte Oficial: O app deve ter sido baixado exclusivamente das lojas oficiais (Google Play ou Apple App Store) e o desenvolvedor deve ser o “Governo do Brasil” (Serviços e Informações do Brasil).
- QR Code Dinâmico: O código de barras bidimensional deve ser legível pelo aplicativo Vio e conter as informações reais do condutor.
- Funcionalidade Offline: A CNH digital oficial funciona mesmo sem internet, mas exige o login inicial via conta Gov.br para gerar o token de acesso.
Quais as consequências criminais para quem usa documento digital adulterado?
Apresentar um aplicativo modificado ou uma montagem digital configura uso de documento falso, crime tipificado no Código Penal Brasileiro. Diferente de uma infração de trânsito administrativa, essa conduta pode levar à prisão em flagrante do condutor e à abertura de inquérito policial.
A tecnologia de fiscalização avançou a ponto de detectar edições grosseiras em categorias de habilitação ou datas de validade em segundos. A PRF reforça que a tentativa de enganar o agente público é muito mais grave do que ser flagrado com a CNH vencida.
Se você ainda não possui a versão eletrônica, certifique-se de baixar o aplicativo Carteira Digital de Trânsito e fazer o cadastro biométrico antes de sua próxima viagem.
Pontos essenciais sobre a validade da CNH no celular
- Valor legal idêntico: A versão digital tem a mesma validade jurídica da impressa, dispensando o porte do papel físico se o app estiver funcional.
- Risco de bateria: Se o celular descarregar durante a abordagem e o motorista não tiver o documento impresso, ele será autuado por dirigir sem portar os documentos obrigatórios.
- Proteção contra fraudes: O uso do app oficial protege seus dados e evita que você seja vítima de estelionatários que vendem “facilidades” inexistentes.