A fiscalização de trânsito em Goiânia intensificou o rigor contra uma das infrações mais comuns e perigosas da capital. Em apenas um mês, a Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET) registrou 2.294 autuações durante a ação focada em veículos parados próximos a cruzamentos.
Por que a regra dos cinco metros é vital para a segurança?
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina que estacionar a menos de cinco metros do alinhamento da via transversal é proibido. Essa distância não é arbitrária; ela existe para garantir que motoristas e pedestres tenham campo de visão suficiente para atravessar com segurança.
Quando um carro ignora esse limite, ele cria um ponto cego que obriga outros condutores a avançarem a frente do veículo na via para enxergar. Esse comportamento forçado pela obstrução visual é o estopim para colisões laterais graves e atropelamentos nas interseções urbanas.
O saldo da fiscalização vai além das multas em papel
Durante a Operação Esquina Segura, a penalidade não se limitou à notificação financeira enviada para a casa do infrator. As equipes de fiscalização realizaram a remoção de 34 veículos que comprometiam diretamente a fluidez e a segurança das vias fiscalizadas.
Os bairros de Goiânia com maior incidência de desrespeito foram os alvos prioritários das equipes da SET. A medida de guinchar o automóvel é aplicada quando a irregularidade não pode ser sanada no local ou quando o veículo representa risco iminente.
Para entender o impacto no bolso do motorista, veja as consequências diretas dessa infração:
- Multa média: O valor é de R$ 130,16, além de somar 4 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
- Custos de remoção: O proprietário deve arcar com a taxa do guincho e as diárias do pátio do DETRAN.
- Responsabilidade civil: Em caso de acidente causado pela falta de visão, o dono do carro irregular pode ser responsabilizado judicialmente.
Como funciona a estratégia da SET para mudar o comportamento?
A ação faz parte de um calendário anual da Prefeitura de Goiânia, que busca reduzir os índices de acidentes através da “engenharia de tráfego” e fiscalização. O objetivo central é combater a cultura da “rapidinha”, onde o motorista acredita que parar na esquina por poucos minutos não gera consequências.
Além da repressão, a pasta investe em educação no trânsito para alertar que a esquina livre é um direito coletivo de mobilidade. A visibilidade desobstruída permite um tempo de reação adequado para evitar tragédias, protegendo principalmente pedestres e ciclistas.
Antes de estacionar na próxima vaga “fácil” de esquina, lembre-se de medir a distância e garantir que seu carro não seja o causador do próximo acidente.
Pontos principais sobre a fiscalização em Goiânia
- Volume alto de infrações: Quase 2.300 motoristas foram autuados em outubro por desrespeitar cruzamentos.
- Risco real: Bloquear a visão nas esquinas é um dos principais fatores de acidentes urbanos na capital.
- Punição severa: Além da multa e pontos, o veículo está sujeito a guincho imediato se atrapalhar o tráfego.