O caso do jovem atropelado e morto pela namorada em São Paulo chama atenção pela sequência de eventos em poucas horas e pelo impacto entre familiares, amigos e moradores da região, envolvendo ciúmes, troca de mensagens com ameaças, perseguição em alta velocidade e um plano interrompido de viagem para comemorar um mês de relacionamento.
Como começou o relacionamento e o plano da viagem do casal?
Raphael Canuto da Costa, de 21 anos, trabalhava em uma churrascaria na Zona Sul da capital paulista e planejava viajar com a namorada, Geovanna Proque da Silva, também de 21 anos, para Minas Gerais. A viagem, segundo o advogado da família, marcaria um mês de namoro e seria um momento de celebração do início do relacionamento.
O que seria uma data comemorativa se transformou em um caso de homicídio investigado como assassinato motivado por ciúmes, com forte repercussão entre familiares, amigos e moradores da região. A polícia e pessoas próximas às vítimas vêm detalhando a cronologia dos fatos e o contexto emocional do casal.
Como ocorreu o crime contra o jovem em São Paulo?
Na madrugada de domingo (28/12), Raphael participava de um churrasco em casa, no Parque Regina, Zona Sul de São Paulo, acompanhado de amigos e conhecidas. Entre as convidadas estavam mulheres apontadas como amigas antigas, sem vínculo amoroso, o que passou a ser questionado por Geovanna por meio de mensagens de celular.
As mensagens anexadas ao inquérito indicam tom de ameaça e desconfiança, com exigência para que as mulheres deixassem o local “por bem ou por mal”. Mesmo após explicações de que se tratavam de amigas de longa data, a estudante de medicina veterinária manteve a postura agressiva, foi até a residência com a madrasta e, diante da insistência em discutir, Raphael decidiu sair de moto para evitar novos conflitos.
Como foi a perseguição que terminou com mortes e feridos?
No trajeto, Raphael passou por uma adega e ofereceu carona para a amiga Joyce Correa da Silva, de 19 anos, momento registrado por câmeras de segurança. Logo depois, Geovanna deixou o local de carro e passou a perseguir a moto em alta velocidade pelas ruas do bairro, aproximando-se da região da churrascaria onde o jovem trabalhava.
Segundo a investigação, o atropelamento do namorado e da amiga ocorreu próximo ao estabelecimento, com impacto tão forte que os dois foram arremessados por cerca de 30 metros e morreram no local. Durante a perseguição, a motorista também atingiu um homem na calçada, que teve ferimentos e precisou de atendimento médico, além de colidir com dois carros estacionados.
Qual é a situação atual da investigação policial?
Após o atropelamento, testemunhas relataram que Geovanna fez comentários sobre as vítimas, reforçando para os investigadores a hipótese de intenção de matar motivada por ciúmes. Em seguida, ela saiu do ponto do impacto, caminhou até uma rua próxima, passou mal e se sentou na calçada, sendo retirada por policiais militares para evitar tentativa de linchamento.
Geovanna foi presa em flagrante e indiciada por homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas (emboscada), além de lesão corporal na direção de veículo automotor. A Justiça converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva, e o 37º DP, no Campo Limpo, conduz a investigação com análise de imagens, laudos periciais e depoimentos.
FAQ sobre jovem atropelado e morto
- Quais fatores emocionais contribuíram para o crime? O ciúmes extremo, mensagens ameaçadoras e desconfiança em relação às amizades de Raphael intensificaram o conflito, culminando na perseguição e no atropelamento.
- Houve outras pessoas feridas além das vítimas fatais? Sim, um homem na calçada foi atingido e precisou de atendimento médico, e dois carros estacionados foram danificados durante a perseguição.
- Qual é o status legal de Geovanna atualmente? Ela está presa preventivamente, indiciada por homicídio doloso duplamente qualificado e lesão corporal na direção de veículo automotor, enquanto a investigação segue com perícias e depoimentos.