Mergulhar no universo de Bonito, no Mato Grosso do Sul, significa conhecer de perto um dos destinos de ecoturismo mais estruturados do Brasil, com rios de águas cristalinas, grutas impressionantes e um modelo de visitação controlado que tornou o município referência em turismo sustentável no país.
Como é viver e trabalhar em Bonito?
Morar em Bonito é viver em uma cidade pequena, com clima de interior e forte presença do turismo na rotina. As ruas são relativamente tranquilas, o trânsito é leve e a maior parte das pessoas se conhece pelo nome, mantendo hábitos como conversar na calçada e acompanhar de perto os acontecimentos locais.
Ao mesmo tempo, a chegada constante de visitantes, sobretudo em feriados e férias, movimenta bares, restaurantes, comércio e serviços. Isso gera oportunidades de emprego em hotelaria, alimentação, transporte, guias de turismo e atividades ligadas ao ecoturismo, ainda que alguns serviços especializados demandem deslocamentos para cidades maiores.
Qual é a principal atividade econômica de Bonito?
O turismo é o principal motor econômico de Bonito e influencia diretamente o modo de vida dos moradores. A maior parte dos empregos, diretos e indiretos, está ligada a hospedagem, agências de passeios, transporte turístico, restaurantes, guias credenciados e manutenção de atrativos naturais.
Esse modelo fortalece o comércio local e pequenos produtores rurais, que fornecem alimentos para hotéis e atrações e participam de iniciativas de turismo rural e de base comunitária. Apesar da presença de pecuária, agricultura em menor escala e serviços públicos, o turismo segue como eixo central das políticas públicas, dos investimentos em infraestrutura e da identidade de Bonito como destino de ecoturismo sustentável.
Como é o dia a dia de quem mora em Bonito?
No cotidiano, Bonito mantém o ritmo de uma cidade de pouco mais de 20 mil habitantes, com estrutura básica de saúde, escolas, supermercados, farmácias e agências bancárias. O custo de vida é intermediário: aluguel e contas tendem a ser mais baixos que em capitais, enquanto alguns produtos industrializados podem ser mais caros por dependerem de transporte.
Para quem gosta de natureza, a qualidade de vida costuma ser um atrativo importante, já que muitos moradores aproveitam folgas para visitar cachoeiras próximas, fazer trilhas em áreas rurais ou simplesmente contemplar a paisagem. Em contrapartida, exames médicos complexos, cursos específicos e grandes eventos ainda exigem deslocamento até centros urbanos maiores, como Campo Grande.
Quais são os principais passeios e quando ir a Bonito?
O turismo em Bonito é organizado com controle de visitação, venda de vouchers por agências locais e número limitado de pessoas por dia em cada atrativo. Isso garante melhor preservação ambiental e experiências mais tranquilas em rios, cachoeiras e cavernas, com apoio de guias credenciados e estruturas como vestiários, lanchonetes e estacionamentos.
Entre os passeios mais procurados e as épocas preferidas para cada tipo de experiência, destacam-se:
- Flutuações em rios cristalinos em períodos mais secos (maio a setembro), quando a água costuma ficar ainda mais transparente.
- Visitas a grutas e cavernas com lago azul e formações rochosas, recomendadas ao longo de todo o ano com agendamento prévio.
- Cachoeiras e trilhas mais exuberantes entre novembro e março, quando as chuvas aumentam o volume de água.
- Observação de aves e fauna em áreas de mata preservada, combinando paredões rochosos, animais típicos do Cerrado e cenários fotogênicos.
- Eventos culturais como o Festival de Inverno de julho, que movimenta a cidade com apresentações artísticas e oficinas.
Se você gosta de sentir o lugar antes de viajar, o vídeo a seguir do canal Viagens da Lari, que já passou de 11 mil visualizações, mostra um dia em Bonito daquele jeitinho real como se você estivesse junto no rolê entre um passeio e outro:
Como escolher hospedagem e se locomover em Bonito?
A rede de hospedagem de Bonito atende desde viajantes econômicos até famílias e casais em busca de conforto em meio rural. No centro concentram-se pousadas simples, hotéis de padrão intermediário e hostels, enquanto na zona rural predominam pousadas de charme, hotéis fazenda e resorts com áreas verdes e atividades ao ar livre.
Como muitos atrativos ficam entre 10 e 60 quilômetros do centro, o deslocamento geralmente é feito por carro próprio, carro alugado, vans de agências ou transfers contratados. Vale comparar o custo de alugar um veículo com o de contratar transporte para cada passeio, especialmente para grupos, considerando horários, distâncias e a necessidade de chegar com antecedência aos atrativos.