O processo para tirar a CNH no Brasil passou por uma mudança profunda a partir do fim de 2025 e início de 2026, com impacto direto no bolso de quem pretende se habilitar para dirigir, já que a nova regulamentação, definida pela Resolução 1020/2025 do Contran e pela Medida Provisória 1327/2025, redesenhou praticamente todas as etapas da formação de condutores, reduzindo em até 70% o custo estimado para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, a depender do estado.
Quais são as principais mudanças nas regras da CNH em 2026
A principal alteração recai sobre as aulas práticas de direção, que antes somavam 20 horas obrigatórias em autoescolas e agora passam a exigir apenas duas aulas mínimas.
Essas aulas podem ser feitas com instrutores credenciados ou em centros de formação, sem a necessidade de contratar pacotes extensos e caros. Em alguns estados, como Minas Gerais, o valor total do processo, que superava R$ 2,2 mil, agora gira em torno de R$ 660, embora Detrans ainda ajustem sistemas e valores.
Como funciona o curso teórico e o exame teórico de CNH em 2026?
O curso teórico de legislação de trânsito foi totalmente reformulado, priorizando o acesso gratuito e online. As tradicionais 45 horas-aula em autoescolas, antes pagas, agora são oferecidas sem custo pelo Ministério dos Transportes por meio do aplicativo CNH do Brasil.
O conteúdo continua abrangendo legislação, direção defensiva, primeiros socorros e meio ambiente, mas com maior flexibilidade de estudo. A exigência de aprovação no exame teórico aplicado pelo Detran permanece, com direito a uma repetição gratuita em caso de reprovação, conforme a nova regulamentação.
Como os custos da CNH foram redistribuídos com as novas regras?
Ao observar a composição dos valores, fica claro por que a CNH ficou mais acessível para o candidato. Diversos itens antes obrigatórios foram reduzidos, tornaram-se opcionais ou deixaram de existir, enquanto outros passaram a ter teto nacional, limitando cobranças excessivas.
Entre as principais mudanças de custos, destacam-se as seguintes alterações que afetam diretamente o bolso do futuro condutor:
- Aulas práticas: caem de 20 para 2 obrigatórias, reduzindo significativamente o valor dos pacotes.
- Curso teórico: torna-se gratuito e online, acessado pelo aplicativo oficial do governo.
- Simulador: continua sem obrigatoriedade, deixando de representar custo fixo.
- Aluguel de veículo para prova: deixa de ser indispensável, permitindo o uso de carro próprio ou de terceiros.
- Taxa de licença de aprendizagem: tende a ser incorporada aos sistemas digitais em muitos estados.
Por outro lado, surgem itens e limites de valores que organizam e padronizam parte das despesas. O exame toxicológico torna-se obrigatório para categorias A e B, com valor médio de R$ 120, enquanto exames médico e psicológico passam a ter teto de cerca de R$ 180, além da manutenção das taxas de provas teórica e prática pelos Detrans.
Como tirar a CNH em 2026?
Com o novo formato, o processo para obter a Carteira Nacional de Habilitação em 2026 torna-se mais direto, embora permaneça composto por várias etapas obrigatórias. O roteiro geral é semelhante em todo o país, com diferenças pontuais de prazos e valores conforme o estado.
O passo a passo inclui cadastro inicial no Detran e no aplicativo CNH do Brasil, realização de exames médico e psicológico, curso teórico online, prova teórica, exame toxicológico para categorias A e B, duas aulas práticas mínimas e prova prática de direção, que pode ser feita em veículo próprio, desde que em conformidade com as regras do Detran.
O que muda para autoescolas, Detrans e candidatos à habilitação?
As mudanças na CNH impactam diretamente candidatos, autoescolas, instrutores independentes e órgãos de trânsito estaduais. A expectativa é de aumento na procura pela habilitação, especialmente entre jovens e trabalhadores de baixa renda que antes esbarravam no custo elevado do processo.
Para autoescolas e instrutores, o modelo exige adaptação, com foco maior em aulas extras, serviços especializados e treinamentos avançados. Já os Detrans precisam modernizar sistemas, integrar-se ao ambiente digital nacional e revisar tabelas de taxas, o que pode gerar variações temporárias entre estados, motivo pelo qual é essencial consultar sempre o site oficial local antes de iniciar o processo.