A posse de Gustavo Feliciano como novo ministro do Turismo marca mais um movimento na relação entre o governo federal e o União Brasil. A cerimônia ocorreu na manhã desta terça-feira (23/12), no Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A mudança no comando da pasta acontece após a saída de Celso Sabino, expulso do União Brasil no início do mês e que decidiu permanecer no cargo mesmo após orientação contrária do partido.
Qual o impacto de Gustavo Feliciano no Ministério do Turismo?
A chegada do novo ministro do Turismo, Gustavo Feliciano, recoloca a pasta no eixo de negociações com o União Brasil, que volta a controlar formalmente o ministério. Ex-secretário de Turismo da Paraíba, ele assume o comando com o aval do presidente nacional do partido, Antônio Rueda, e apoio de lideranças influentes no Congresso Nacional.
O anúncio da indicação ocorreu após reunião no Palácio do Planalto, que contou com Lula, o líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (MA), o ex-ministro Juscelino Filho (MA), o deputado Damião Feliciano (União-PB), pai do novo ministro, e o próprio Gustavo Feliciano. O encontro selou a recomposição do espaço da sigla na Esplanada, mesmo em um cenário de afastamento gradual do partido em relação ao governo federal.
Por que o comando do Ministério do Turismo mudou?
A troca no Ministério do Turismo está diretamente ligada à crise interna do União Brasil e à resolução partidária que determinou a saída de filiados de cargos no governo Lula. Celso Sabino contrariou a orientação ao permanecer como ministro, o que levou à sua expulsão da legenda e ao pedido oficial do partido para retomar o controle da pasta.
Segundo auxiliares do presidente, o União Brasil solicitou a devolução do ministério após consolidar a punição a Sabino, que deve disputar uma vaga ao Senado pelo Pará nas próximas eleições. Mesmo com o desgaste, o partido mantém influência sobre outras pastas ocupadas por indicados alinhados, como Waldez Góes, na Integração e Desenvolvimento Regional, e Frederico Siqueira, nas Comunicações.
Qual é o perfil político de Gustavo Feliciano?
O novo ministro do Turismo combina trajetória na gestão pública com atuação no Congresso e forte inserção em frentes temáticas. Antes de chegar ao ministério, foi secretário de Turismo da Paraíba, destacando-se na formulação de políticas para o setor e na promoção de destinos locais, incluindo ações voltadas ao turismo regional e sustentável.
No Parlamento, Feliciano ampliou sua articulação ao coordenar a bancada evangélica e a bancada negra, tornando-se ponte entre diferentes segmentos sociais. Nos bastidores, sua escolha é interpretada como gesto de Lula em direção ao eleitorado evangélico, a setores do União Brasil que defendem diálogo com o governo e a lideranças do Nordeste interessadas em fortalecer o turismo como vetor de desenvolvimento.
Quais desafios o novo ministro do Turismo deve enfrentar?
A gestão de Gustavo Feliciano terá como foco consolidar o turismo como eixo de crescimento econômico, geração de empregos e integração regional. Para isso, ele precisará articular com estados, municípios, iniciativa privada e organismos internacionais, ampliando a presença do Brasil em mercados externos e melhorando a infraestrutura de destinos emergentes.
Entre as prioridades que tendem a marcar sua atuação no Ministério do Turismo, destacam-se iniciativas voltadas a diferentes frentes estratégicas:
- Fortalecer a coordenação com estados e municípios para desenvolver novos roteiros turísticos, incluindo interior e regiões menos exploradas.
- Ampliar a promoção internacional do Brasil, com foco em diversificação de mercados emissores de turistas e melhora da imagem do país no exterior.
- Atrair investimentos privados em infraestrutura, qualificação profissional e inovação tecnológica aplicada ao setor de turismo.
- Estimular políticas de turismo sustentável, cultural e de base comunitária, valorizando patrimônios naturais e culturais locais.
A posse do novo ministro do Turismo funciona como teste de reorganização da base aliada de Lula e de reaproximação pontual com o União Brasil. Mesmo em processo de “desembarque” gradual, o partido preserva espaço relevante na Esplanada, e a indicação de um nome alinhado tende a reduzir atritos imediatos em torno da pasta.
FAQ sobre o novo ministro do Turismo
- Gustavo Feliciano é filiado a qual partido? Gustavo Feliciano é ligado ao União Brasil, legenda que indicou seu nome para o comando do Ministério do Turismo.
- Qual é a experiência de Gustavo Feliciano na área de turismo? Ele já foi secretário de Turismo da Paraíba, onde atuou na promoção de destinos locais e na estruturação de políticas voltadas ao setor.
- Por que a escolha de Feliciano é vista como um aceno ao eleitorado evangélico? Porque o novo ministro é um dos coordenadores da bancada evangélica na Câmara dos Deputados, o que amplia o diálogo do governo com esse segmento.
- Celso Sabino ainda terá papel na política nacional? Celso Sabino planeja disputar uma vaga ao Senado pelo Pará nas próximas eleições, mantendo-se ativo no cenário político nacional.