Em plena Marginal Pinheiros, um novo gigante de vidro e concreto está mudando a paisagem de São Paulo: o Alto das Nações, futura torre corporativa mais alta do Brasil, que mistura escritórios, shopping, moradia, parque público e conexão com transporte, funcionando como um grande laboratório de cidade vertical e integrada.
O que torna o Alto das Nações o novo gigante corporativo de São Paulo?
Com cerca de 219 metros de altura e 39 pavimentos, o Alto das Nações foi planejado para se tornar a torre corporativa mais alta de São Paulo e do Brasil, superando o Platina 220. Inserido em um complexo de aproximadamente 320 mil m² na Avenida das Nações Unidas, ele redesenha o skyline da Chácara Santo Antônio.
Desenvolvido pela WTorre em parceria com o Grupo Carrefour, o projeto prioriza lajes corporativas amplas de até 2.500 m² e pé-direito livre de 4,7 metros. A entrega está prevista para o quarto trimestre de 2025, com obras concentradas em fachada de vidro, instalação de elevadores e comissionamento dos sistemas prediais.
Quais são as principais curiosidades e diferenciais da torre corporativa?
Classificado como edifício AAA, o Alto das Nações foi desenhado para atender médias e grandes empresas com padrão internacional de infraestrutura. A operação diária deve comportar cerca de 10 mil pessoas, entre escritórios, áreas de circulação e espaços de apoio, com foco em conforto, eficiência e tecnologia predial.
Para suportar esse fluxo intenso, o prédio aposta em uma malha robusta de mobilidade interna e áreas de experiência, incluindo um rooftop panorâmico com mirante de vidro suspenso de 16 m². Inspirado em estruturas semelhantes no Vale do Anhangabaú, ele oferecerá vista 360° da cidade e capacidade de carga estimada em 300 kg/m².
Confira a seguir imagens capturadas pelo drone do canal Drone na Trilha, que conta com mais de 18 mil visualizações, e mostra toda a magnitude da torre:
Como funciona o mega complexo multiúso que envolve o Alto das Nações?
O Alto das Nações integra um masterplan de cerca de R$ 3 bilhões, entregue em fases desde 2022, que conecta trabalho, consumo, moradia e lazer em um só endereço. A proposta é criar um polo urbano de uso misto, fortemente ligado ao transporte público e a espaços acessíveis à população.
Dentro desse complexo, diferentes componentes já entregues ou em construção ajudam a dimensionar a escala do projeto e sua vocação de centralidade urbana:
- Shopping Paseo com cerca de 5 mil m² e mais de 40 lojas, entregue na primeira fase;
- Hipermercado Carrefour integrado ao conjunto e à praça central;
- Torre mista de aproximadamente 113 metros, combinando usos corporativos e de serviços;
- Torre residencial de cerca de 133 metros, com 216 unidades e previsão de entrega em 2026;
- Parque público de aproximadamente 32 mil m², conectado diretamente à estação Granja Julieta da CPTM, na Linha 9-Esmeralda.
Como a engenharia do Alto das Nações enfrenta desafios de rio, vento e cidade?
Construir um arranha-céu desse porte às margens do rio Pinheiros exige soluções estruturais, ambientais e urbanas cuidadosas. O projeto busca certificação LEED, adota sistemas de drenagem reforçada e estratégias para mitigar impactos em períodos de chuvas intensas e cheias.
Para estabilizar o solo em terreno mais sensível, foram executadas estacas profundas e sistemas de contenção específicos. O uso de formas trepantes acelerou a superestrutura, viabilizando em média duas lajes e meia por mês, equilibrando ventos em grandes alturas, logística de canteiro e circulação de materiais em uma obra vertical complexa.
Em que estágio estão as obras do Alto das Nações?
O cronograma do Alto das Nações foi fracionado em etapas, com parte relevante do complexo já concluída e em operação desde 2022. Em março de 2025, a torre corporativa alcançou cerca de 175 metros de altura, tornando-se temporariamente o edifício mais alto de São Paulo enquanto as obras avançam.
A superestrutura de concreto está praticamente concluída, com foco atual em acabamentos, fachadas de vidro, elevadores e redes prediais. Mesmo com desafios climáticos típicos de grandes alturas, o ritmo se mantém acelerado, com tapumes e sinalização ajudando a reduzir impactos na Marginal, reforçando o equilíbrio entre prazo, segurança e qualidade construtiva.