O modelo BYD Yuan Plus agitou o setor automotivo ao apresentar uma capacidade técnica de rodar até 510 km por carga (ciclo NEDC). Esse número rompe barreiras para consumidores que buscam migrar para a eletrificação, embora exija atenção às diferenças de medição no padrão brasileiro.
Qual a tecnologia Blade por trás da eficiência?
O segredo para o desempenho seguro não está apenas no tamanho da bateria, mas na eficiência das exclusivas Baterias Blade de fosfato de ferro-lítio (LFP). Essa tecnologia é o grande diferencial competitivo da marca, oferecendo maior densidade energética sem risco de incêndio ou explosão em perfurações.
Essa inovação permite armazenar energia de forma compacta, garantindo durabilidade superior. O resultado é um carro elétrico que equilibra potência e segurança, destacando-se frente a baterias tradicionais de íon-lítio.
O que significa a autonomia na realidade brasileira?
É fundamental diferenciar os números de laboratório da prática nas ruas nacionais. Enquanto o ciclo internacional aponta até 510 km, o rigoroso padrão PBEV Inmetro projeta uma autonomia real mais conservadora, próxima a 300 km, considerando o trânsito pesado e relevo do Brasil.
Ainda assim, essa autonomia é suficiente para que a maioria dos motoristas urbanos em São Paulo ou capitais plugue o veículo apenas uma ou duas vezes por semana. Para viagens, o alcance atende bem trajetos curtos e médios, exigindo planejamento apenas em rotas interestaduais longas.
Para aprofundar essa análise, selecionamos o conteúdo do canal eletricarbr, que já reúne mais de 166 mil seguidores e mais de 3,9 milhões de curtidas. No vídeo a seguir, Mateus Afonso apresenta detalhes práticos sobre autonomia, uso real e comportamento dos elétricos no dia a dia, complementando o que explicamos acima:
@eletricarbr ⚡Você Comprou Um Elétrico de Entrada e Quer um Melhor?⚡ 💡Esse é justamente o público que o Yuan Plus quer atingir: você que comprou um Dolphin, um Dolphin Mini ou um ORA e está pensando em um elétrico mais top. O Yuan chegou ao Brasil com preço de R$ 269.800 e hoje é vendido por R$ 235.800 na linha 2026 🔋O carro ainda faz muito sentido se você comprar semi-novo, e o modelo não abandonou o estilo que sempre teve desde o seu lançamento. A concorrência é grande, hoje temos diversos elétricos nessa faixa de preço e de várias marcas, mas é sim um carro para você dar uma olhada 🎯Além disso, ele mantém os 204 cavalos, 60,5 kWh de bateria, 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e é um SUV elétrico com cerca de 300 a 350 km de autonomia real. Nos testes do Inmetro, o modelo tem números de 294 km com uma carga 👉E aí, compraria o BYD Yuan Plus?
♬ som original – Eletricarbr/Mateus Afonso
O investimento se paga com o tempo?
Ao adquirir um veículo da BYD, o motorista deve calcular o retorno sobre o investimento (payback), que ocorre geralmente entre 3 e 7 anos. Esse prazo varia conforme a quilometragem mensal rodada e as isenções de IPVA disponíveis em cada estado.
Observe os fatores que aceleram essa economia comparado aos modelos a combustão:
- O custo da eletricidade é drasticamente menor que o da gasolina por quilômetro rodado.
- A manutenção é simplificada, eliminando trocas de óleo, correias e filtros de combustível.
- A revenda de usados elétricos tem ganhado liquidez com a popularização da tecnologia.
Como está a infraestrutura de recarga atual?
Gerenciar a bateria exige consciência sobre a malha de carregamento disponível. Embora o eixo Rio-São Paulo e grandes rodovias estejam recebendo expansão rápida de carregadores rápidos, o interior do país ainda apresenta “gaps” de infraestrutura que exigem atenção.
Para o dia a dia, a recomendação principal segue sendo o carregamento lento residencial (Wallbox). Ele garante que o carro saia de casa sempre com “tanque cheio”, contornando a eventual falta de eletropostos públicos em regiões mais afastadas.
Considere a transição com expectativas alinhadas
Avalie a compra do Yuan Plus considerando sua rota habitual e o acesso a carregamento doméstico para maximizar a experiência de propriedade.
- A tecnologia LFP (Blade) oferece a maior segurança térmica da categoria atualmente.
- A autonomia real atende com folga o uso urbano, apesar da diferença nominal para o ciclo de teste internacional.
- O retorno financeiro é real e progressivo para quem roda bastante e aproveita incentivos fiscais estaduais.