A retomada das obras de pavimentação da BA-120, no trecho entre Cansanção, Monte Santo e Queimadas, reforça a importância da infraestrutura viária para o interior da Bahia. Após cerca de um mês de paralisação por decisão judicial, a intervenção retornou em dezembro de 2025, com nova organização de cronograma, expectativa de antecipação da entrega e investimento previsto de R$ 80,8 milhões, destacando o papel estratégico desse corredor rodoviário para o Território do Sisal.
Qual é a importância da BA-120 para o Território do Sisal?
A pavimentação da BA-120 é tratada como eixo fundamental para a integração do Território do Sisal, região marcada pela produção agrícola, pecuária e comércio local. A melhoria do asfalto entre Cansanção, Monte Santo e Queimadas reduz o tempo de viagem, aumenta a segurança e facilita o transporte de mercadorias e passageiros.
Com a rodovia em boas condições, a circulação de ônibus, vans e caminhões se torna mais regular, favorecendo o deslocamento diário de trabalhadores e a chegada de fornecedores. A conexão com outros entroncamentos rodoviários aproxima a região de centros urbanos maiores e amplia negócios, empregos indiretos e acesso a serviços especializados.
Como está sendo executada a obra de pavimentação na BA-120?
A obra entre Cansanção, Monte Santo e Queimadas abrange cerca de 75,9 quilômetros, com foco em terraplanagem, drenagem, aplicação de asfalto e sinalização. Cerca de 120 trabalhadores atuam diretamente, com máquinas pesadas e controle de qualidade do pavimento para garantir durabilidade e segurança.
Após a revogação da liminar pelo TJBA, os trabalhos foram retomados em menos de 24 horas, com reorganização do cronograma para tentar antecipar a conclusão de fevereiro de 2027 para dezembro de 2026. A estratégia inclui ampliação de frentes de serviço, reforço logístico de insumos e monitoramento constante da evolução física da rodovia.
Quais benefícios a pavimentação da BA-120 traz para a população local?
No cotidiano dos moradores, a BA-120 pavimentada altera rotinas de deslocamento, custos de transporte e acesso a serviços públicos. Agricultores familiares e pequenos comerciantes tendem a ter menor desgaste de veículos, menos perdas de carga e maior previsibilidade nas entregas, fortalecendo feiras, mercados e circuitos de comercialização regional.
Na saúde e na educação, viagens para unidades de maior complexidade e escolas em outros municípios ficam mais rápidas e estáveis, sobretudo em períodos de chuva. A rodovia também pode impulsionar o turismo religioso e cultural em cidades como Monte Santo, estimulando hospedagem, alimentação e transporte complementar para romeiros e visitantes.
Quais desafios costumam afetar obras em rodovias estaduais como a BA-120?
Em projetos como o da BA-120, são comuns desafios ligados a licenciamento ambiental, desapropriações pontuais, interferências de redes de energia e água e ações judiciais que podem gerar paralisações. Chuvas intensas também dificultam a terraplanagem e a aplicação de asfalto, exigindo ajustes no cronograma físico e financeiro.
Para reduzir riscos e garantir maior previsibilidade na execução, órgãos de infraestrutura adotam práticas de planejamento, acompanhamento e diálogo com a população lindeira, tais como:
- Planejamento por etapas, com metas mensais de execução e revisão periódica.
- Monitoramento climático para definir janelas ideais de serviços de pavimentação.
- Diálogo com comunidades sobre acessos provisórios, desvios e segurança viária.
- Acompanhamento jurídico para responder rapidamente a decisões judiciais.
- Fiscalização técnica contínua para garantir qualidade e durabilidade do pavimento.
O que se espera da BA-120 após a conclusão das obras?
Com a entrega prevista até o fim de 2026, espera-se que a BA-120 redesenhe fluxos econômicos entre Cansanção, Monte Santo e Queimadas, fortalecendo o escoamento da produção de sisal e outras culturas. A rodovia deve ampliar a competitividade regional, reduzir custos logísticos e atrair novos investimentos em transporte, comércio, turismo e serviços.
O alcance desses benefícios dependerá da qualidade final do pavimento, da sinalização e da manutenção contínua da via. A atuação integrada entre governo estadual, prefeituras e usuários será decisiva para preservar a rodovia e consolidar ganhos sociais, econômicos e de mobilidade para o Território do Sisal.