O quadro de saúde de Jair Bolsonaro, internado em Brasília para tratar uma hérnia, chamou atenção não apenas pelo aspecto físico, mas também pelo impacto emocional, com sinais de depressão e ansiedade significativos no período que antecede a cirurgia marcada para a manhã deste Natal, às 9h, reforçando a relação entre saúde mental e preparo para procedimentos cirúrgicos de maior porte.
Como está o estado emocional de Bolsonaro antes da cirurgia?
O cardiologista Brasil Ramos Caiado, que acompanha Bolsonaro, o descreveu como “deprimido” e “bastante ansioso” diante da situação atual. A ansiedade tem se manifestado fisicamente, com crises de soluços que prejudicam o sono e exigem atenção constante da equipe médica, além de monitoramento específico do sistema nervoso.
Segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (24/12), Bolsonaro relata episódios recorrentes de soluços e dificuldades para dormir, associados à tensão pré-operatória. Esses sintomas se somam a um histórico de ansiedade e quadro depressivo já em acompanhamento, agora intensificado pela internação e pela perspectiva da cirurgia.
Quais cuidados estão sendo adotados para a saúde mental e física de Bolsonaro?
Para controlar o quadro emocional, estão sendo utilizados medicamentos específicos e cuidados com a alimentação, mantendo o tratamento prévio voltado à saúde mental. A equipe também dispõe de remédios adicionais para o manejo das crises de soluços, avaliando possíveis ajustes de doses conforme a resposta clínica diária.
Os médicos ressaltam que o estado emocional não é inesperado em um contexto de pré-operatório, sobretudo em pacientes com histórico de depressão e ansiedade. Ainda assim, o caso exige vigilância contínua para evitar agravamentos que possam atrapalhar o sono, a adesão às orientações médicas e a recuperação global. Veja o pronunciamento de Flávio sobre Bolsonaro:
Recebi com muita emoção a carta do meu pai, que carrega fé, confiança e responsabilidade. O desafio é grande, mas com sua bênção e a proteção de Deus, seguiremos no caminho certo pelo Brasil. pic.twitter.com/ovxk1TSMOw
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) December 25, 2025
Como será a cirurgia de hérnia e o período de internação de Bolsonaro?
Responsável pela operação, o cirurgião Claudio Birolini estima que a cirurgia de hérnia terá duração de 3 a 4 horas, em ambiente controlado e com equipe multidisciplinar. O procedimento está programado para este 25 de dezembro, a partir das 9h, em um hospital de Brasília, com suporte intensivo no pós-operatório imediato.
O tempo de internação previsto varia entre 5 e 7 dias, considerado adequado para avaliar a recuperação cirúrgica e o estado emocional. Nesse período, a equipe acompanhará de forma sistemática alguns pontos clínicos essenciais:
- Sinais de dor, inflamação e cicatrização da ferida cirúrgica;
- Persistência ou agravamento dos quadros de soluços;
- Qualidade do sono, nível de apetite e variações de humor;
- Necessidade de ajuste de medicações para ansiedade e depressão.
Bolsonaro poderá retornar à cela?
A situação de Bolsonaro envolve aspectos médicos, judiciais e de segurança, o que torna a decisão sobre seu retorno imediato à cela mais complexa. Após a alta hospitalar, caberá às autoridades e à equipe de saúde avaliar se ele terá condições clínicas para voltar à sede da Polícia Federal ou se serão necessários ajustes temporários na rotina de carceragem.
Em um primeiro momento, o foco permanece na recuperação intra-hospitalar e na estabilização do quadro emocional. Depois disso, será feita uma análise técnica sobre o ambiente em que o paciente ficará, incluindo a possibilidade de manutenção na cela com suporte adicional de profissionais de saúde, como visitas periódicas de enfermeiros, atendimentos médicos programados e, se indicado, acompanhamento de fisioterapeutas.
Quais são os impactos da depressão e ansiedade na recuperação?
A equipe médica destaca que a depressão e a ansiedade pré-existentes podem influenciar o ritmo de recuperação após a cirurgia de hérnia. Estados emocionais alterados interferem em apetite, sono, resposta imunológica e disposição para seguir recomendações, motivo pelo qual o cuidado com a saúde mental caminha em paralelo ao tratamento cirúrgico.
Assim, o caso de Bolsonaro ilustra a importância de integrar tratamento físico e psicológico em internações cirúrgicas, sobretudo em pacientes com histórico de transtornos emocionais. As próximas semanas serão decisivas para avaliar se ele conseguirá manter o controle dos sintomas de ansiedade e depressão, tanto no ambiente hospitalar quanto no contexto prisional.
FAQ sobre saúde de Bolsonaro
- Bolsonaro está usando remédios para ansiedade? Sim. Segundo a equipe médica, ele já utilizava medicação para depressão e ansiedade antes da internação, e esse tratamento foi mantido, com remédios adicionais para crises de soluços.
- Por que os soluços são mencionados no quadro clínico? Os soluços são relatados como consequência da ansiedade e atrapalham o sono de Bolsonaro, o que pode prejudicar a recuperação e exigir controle farmacológico.
- Michelle Bolsonaro pode acompanhar o ex-presidente o tempo todo? Michelle recebeu autorização para acompanhá-lo durante todo o período de internação no hospital, respeitando as normas da instituição e decisões judiciais.
- Quem decide sobre visitas e mudanças na cela após a cirurgia? As visitas de familiares e eventuais ajustes no local de permanência de Bolsonaro, após a alta, dependem de avaliação médica e decisões do STF e das autoridades responsáveis pela custódia.
