O benefício conhecido como Auxílio Gás voltou a ter destaque no calendário social do país com o repasse de R$ 110 por família, a partir de dezembro de 2025, destinado especificamente à compra do botijão de gás de cozinha de 13 kg e seguindo o cronograma de pagamentos do Programa Bolsa Família, alcançando milhões de lares que dependem do gás liquefeito de petróleo (GLP) para preparo de alimentos e atividades diárias.
Como funciona o benefício Auxílio Gás de R$ 110?
O Auxílio Gás de R$ 110 é pago a cada dois meses, acompanhando o mesmo calendário de repasses do Bolsa Família. O valor corresponde a 100% do preço médio nacional do botijão de 13 kg, calculado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e é atualizado periodicamente para refletir a média de mercado.
O acesso ao recurso é organizado pelo Número de Identificação Social (NIS), em calendário escalonado de 1 a 0, garantindo fluxo de pagamento ao longo do mês. Em dezembro de 2025, o cronograma se estende até o dia 23, e o crédito pode ser movimentado por contas sociais, cartões e aplicativos bancários, conforme a forma de recebimento do Bolsa Família.
Quem tem direito ao Auxílio Gás e como o valor é calculado?
O público-alvo do benefício do gás de cozinha é formado, em geral, por famílias de baixa renda cadastradas no CadÚnico. Têm prioridade lares com menor renda por pessoa, maior número de integrantes e maior vulnerabilidade social, seguindo regras previstas em lei e atos normativos do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
A definição do valor leva em conta a média nacional do preço do botijão de 13 kg, monitorada pela ANP em vários pontos de venda do país. O benefício de R$ 110 procura compensar integralmente essa média, ainda que em algumas localidades o preço esteja um pouco acima ou abaixo, oferecendo maior previsibilidade às famílias e ao planejamento orçamentário do governo federal.
Como o Auxílio Gás é distribuído pelas regiões do Brasil?
A distribuição regional do auxílio para compra de gás revela diferenças significativas entre as áreas do país, refletindo tamanhos populacionais e níveis de vulnerabilidade. No Nordeste, por exemplo, a transferência supera R$ 233 milhões, contemplando cerca de 2,12 milhões de lares em quase 1,8 mil municípios, sendo a região com maior número de beneficiários.
No Sudeste, mais de 1,37 milhão de famílias são atendidas em 1.668 municípios, com investimento acima de R$ 151 milhões. No Norte, o repasse passa de R$ 50 milhões, alcançando mais de 462 mil famílias em 450 cidades, enquanto no Sul e no Centro-Oeste o benefício chega, somados, a mais de 459 mil lares, com montante que supera R$ 50 milhões em todos os estados.
Qual é a relação entre o Auxílio Gás e o Programa Gás do Povo?
Paralelamente ao Auxílio Gás, o governo federal estruturou o Programa Gás do Povo, voltado a ampliar a cobertura do apoio ao consumo de GLP. A iniciativa prevê gratuidade na recarga do botijão de 13 kg em revendas credenciadas, com potencial de alcançar cerca de 15 milhões de famílias, o que representa aproximadamente 50 milhões de pessoas.
Enquanto o Auxílio Gás transfere um valor em dinheiro a cada dois meses, o Gás do Povo atua pela recarga gratuita do botijão, com foco em um volume maior de beneficiários. As duas ações buscam reduzir o impacto do preço do gás de cozinha no orçamento de famílias de baixa renda, utilizando o Cadastro Único como principal porta de entrada para identificação e seleção dos públicos atendidos.
Quais cuidados práticos as famílias podem adotar no uso do benefício?
Na rotina doméstica, o benefício de gás de cozinha costuma ser integrado ao planejamento mensal de despesas, junto com alimentação, água, energia e transporte. Para aproveitar melhor o valor recebido, é importante que as famílias organizem o orçamento em torno da data de pagamento e evitem comprometer o recurso com dívidas antecipadas ou usos que não estejam ligados à compra do botijão de gás.
Algumas práticas simples ajudam a garantir segurança, economia e controle no uso do benefício e na compra do botijão de 13 kg, desde o acompanhamento do pagamento até a escolha do ponto de venda e o uso racional do gás na cozinha:
- Verificar a data de pagamento de acordo com o final do NIS e evitar atrasos para saque ou uso;
- Acompanhar o saldo exclusivamente pelos canais oficiais do programa social ou do banco;
- Guardar comprovantes de recebimento e notas fiscais do botijão, sempre que emitidos;
- Priorizar o uso do benefício para compra do botijão de 13 kg em revendas autorizadas;
- Buscar pontos de venda com preços compatíveis com o mercado local e condições seguras de entrega.
Em um cenário em que o gás de cozinha permanece como item básico para preparo de alimentos, o Auxílio Gás de R$ 110 e o Programa Gás do Povo se consolidam como instrumentos centrais de apoio à renda, e sua manutenção tende a permanecer em debate, considerando inflação, orçamento público e as diferentes realidades regionais do país.