Guarapari, no litoral do Espírito Santo, se prepara para adotar uma nova taxa de turismo voltada a viajantes que chegam em grupos de excursão. A cobrança será direcionada a passageiros de ônibus, micro-ônibus e vans com finalidade turística que utilizarem exclusivamente a Rodoviária Municipal, situada às margens da BR-101, e já preocupa agências de viagem, empresas de transporte e visitantes frequentes da chamada “praia dos mineiros”.
Como vai funcionar a taxa de turismo em Guarapari?
A nova taxa ainda não tem valor definido, mas a expectativa da administração municipal é que a regra entre em vigor em dezembro de 2025. Falta apenas a publicação de um decreto regulamentando a operação dos transportes turísticos, definindo forma de cobrança, início da vigência e possíveis isenções.
A taxa será inspirada no modelo já aplicado aos ônibus intermunicipais e interestaduais que utilizam a rodoviária. Hoje, esses veículos pagam R$ 8,50 por embarque e R$ 8,50 por desembarque por passageiro, totalizando R$ 17, e a proposta é estender lógica semelhante para ônibus de excursão e demais veículos turísticos.
Quais são as principais regras previstas para a nova taxa?
O decreto municipal vai detalhar pontos operacionais e jurídicos para que empresas e passageiros saibam exatamente como proceder. A prefeitura sinaliza que o foco é organizar o uso da rodoviária sem criar barreiras ao fluxo turístico, sobretudo em períodos de alta temporada.
Entre os pontos que devem ser esclarecidos e que interessam diretamente a transportadoras e guias de turismo, destacam-se questões ligadas à responsabilidade de pagamento, fiscalização e eventuais exceções. A nota oficial já antecipou alguns tópicos que estarão no texto:
- Definição de quem pagará a taxa (empresa, passageiro ou ambos).
- Possível diferenciação de valores entre ônibus, micro-ônibus e vans.
- Método de controle de embarques e desembarques turísticos na rodoviária.
- Critérios de isenção para grupos específicos, como excursões escolares.
Por que Guarapari decidiu criar uma taxa de turismo?
Segundo o município, a principal justificativa é reorganizar o tráfego urbano, sobretudo na alta temporada, quando grandes veículos circulam em vias estreitas e próximas às praias. A concentração de ônibus em áreas centrais causa congestionamentos, dificulta a mobilidade de moradores e pressiona o sistema de estacionamento.
A prefeitura também argumenta que a cidade precisa equilibrar o uso da infraestrutura pública, já que serviços como limpeza, segurança, sinalização e organização viária são fortemente demandados pelos visitantes. A taxa turístico-rodoviária surge como compensação financeira, sem restringir o acesso às praias por veículos de passeio.
Como a taxa de turismo pode impactar o bolso dos visitantes?
O principal ponto de atenção é o impacto no custo final das viagens em grupo, especialmente nas excursões de curta duração. Com o valor ainda indefinido, empresas de transporte e agências aguardam o decreto para recalcular pacotes, orçamentos e roteiros, analisando a viabilidade de manter preços competitivos.
Em geral, o custo poderá ser repassado de três maneiras: inclusão direta no pacote, cobrança separada por passageiro ou absorção parcial pela empresa. Como referência, a tarifa atual de R$ 17 por passageiro, se aplicada em padrão semelhante às excursões, pode gerar acréscimo relevante em grupos grandes, ainda que diluído em viagens mais longas.
Quais operadores e formatos de viagem serão mais afetados?
A medida atinge principalmente operadores de excursão em ônibus, micro-ônibus e vans que utilizarem a rodoviária para embarque e desembarque. Eles precisarão rever horários, rotas, locais de parada e tempo de permanência na cidade, observando novas regras de circulação definida pelo decreto.
Para turistas que viajam de carro ou em pequenos grupos, o impacto tende a ser menor, já que a taxa não se aplica a veículos de passeio. Ainda assim, possíveis mudanças no fluxo de excursões podem alterar a dinâmica de movimento em pontos turísticos, sobretudo nos períodos de maior demanda. Veja imagens de Guarapari abaixo (reprodução/TikTok/@varanda.do.mar.guarapari):
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FAQ sobre taxa para turistas em Guarapari
- Guarapari já cobrava alguma taxa antes dessa medida? Sim. Ônibus intermunicipais e interestaduais que utilizam a Rodoviária Municipal já pagam, atualmente, R$ 8,50 por embarque e R$ 8,50 por desembarque por passageiro.
- A taxa de turismo vale para carros de passeio? Não. A cobrança será direcionada a ônibus, micro-ônibus e vans com finalidade turística, que utilizarem a Rodoviária Municipal para embarque e desembarque.
- A nova taxa impede excursões de passarem o dia na cidade? Não. As excursões continuam permitidas, mas precisarão seguir as regras definidas no decreto, inclusive o pagamento da taxa ao utilizar a rodoviária.
- Já existe data oficial para o início da cobrança? A previsão é que a taxa passe a valer ainda em dezembro de 2025, mas a data exata dependerá da publicação do decreto regulamentador pela prefeitura.