O acidente que resultou na morte da empresária Aline Cristina Dalmolin, de 41 anos, em Balneário Camboriú (SC), nesta segunda-feira (15/12), chamou a atenção pela gravidade e pelas circunstâncias envolvendo um Porsche Macan, o consumo de álcool ao volante e a forte repercussão na comunidade local.
Como foi o acidente da empresária em Balneário Camboriú?
Segundo a Polícia Militar de Santa Catarina, o acidente de trânsito com o Porsche Macan deixou duas vítimas: a condutora, de 57 anos, e a passageira, Aline Dalmolin. Após a colisão contra um poste de energia elétrica próximo ao Rio Camboriú, a motorista conseguiu sair do veículo e foi encontrada em área de mangue, apresentando sinais evidentes de alteração, como fala desconexa, desorientação e odor de álcool.
Aline ficou presa às ferragens, inconsciente, com ferimentos gravíssimos, incluindo traumatismo cranioencefálico e amputação traumática de um membro superior. Corpo de Bombeiros Militar, Samu e equipes da Celesc atuaram no local, que foi isolado em razão do risco elétrico. A vítima foi retirada em estado crítico, sofreu paradas cardiorrespiratórias durante o transporte e, apesar das tentativas de reanimação, morreu no hospital. Veja a nota divulgada nas redes sociais da empresária:
Como a lei trata o crime de trânsito por embriaguez ao volante?
O acidente levantou questionamentos sobre a responsabilidade criminal da condutora. Ela admitiu ter ingerido bebida alcoólica e se submeteu ao teste do etilômetro, que apontou 0,97 mg/L de álcool por litro de ar alveolar, índice que configura crime de trânsito, e não apenas infração administrativa. Também foi lavrado o auto de constatação de sinais de alteração da capacidade psicomotora, registrando sonolência, desordem nas vestes e vermelhidão nos olhos.
A Polícia Militar informou que o veículo foi recolhido por guincho credenciado e houve lavratura de auto de infração por dirigir sob efeito de álcool. Na esfera criminal, a Polícia Civil de Santa Catarina apresentou a motorista à Central de Plantão Policial, onde, acompanhada de advogado, ela exerceu o direito constitucional de permanecer em silêncio. Durante o interrogatório, foi comunicada oficialmente sobre a morte de Aline, fato registrado nos autos.
Quais as investigações após o acidente?
Com base nas informações colhidas, nos laudos iniciais e no resultado do teste de alcoolemia, a condutora do Porsche foi autuada com base no artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro, combinado com o §3º, que trata de homicídio culposo na direção de veículo automotor sob influência de álcool. A pena pode incluir detenção, suspensão ou proibição de obter habilitação, além de eventuais medidas cautelares.
A Perícia Científica foi acionada para análise detalhada da cena do acidente, do veículo e da estrutura atingida, a fim de esclarecer velocidade aproximada, dinâmica do impacto, uso de cinto de segurança e condições da via. Esses elementos técnicos devem indicar se houve excesso de velocidade, imprudência ou outras circunstâncias que contribuíram para a gravidade do choque contra o poste. A morte de Aline Cristina Dalmolin teve forte repercussão entre frequentadores do CELD Esportes, profissionais da área de saúde e bem-estar e moradores de Balneário Camboriú. O complexo esportivo, ativo há quase 20 anos, é conhecido por abrigar atividades físicas, eventos sociais e ações de lazer, o que ampliou a visibilidade da empresária na cidade, onde foi decretado luto e o fechamento temporário do estabelecimento.
FAQ sobre morte de empresária em acidente com Porsche
- O que é considerado crime de trânsito por embriaguez ao volante? É crime quando o condutor apresenta concentração igual ou superior a 0,3 mg/L de álcool por litro de ar alveolar no teste do bafômetro ou demonstra sinais claros de alteração da capacidade psicomotora, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro.
- Por que a perícia científica é importante em acidentes como esse? A perícia ajuda a reconstruir a dinâmica do acidente, apontar velocidade aproximada, ponto exato de impacto, uso de equipamentos de segurança e outros fatores que auxiliam na definição de responsabilidades.
- O direito de permanecer em silêncio prejudica a investigação? O direito ao silêncio é uma garantia constitucional. A investigação continua com base em depoimentos de testemunhas, imagens, laudos periciais e demais provas materiais, independentemente da fala da pessoa investigada.
- O que pode acontecer com o condutor autuado por homicídio culposo no trânsito? A pessoa pode responder a processo criminal, com possibilidade de detenção, medidas restritivas de direitos e suspensão ou proibição de dirigir, conforme a gravidade do caso, antecedentes e entendimento da Justiça.