A duplicação da Rodovia dos Minérios (PR-092), em Almirante Tamandaré, vem mudando de forma gradual a dinâmica de mobilidade na Região Metropolitana de Curitiba, especialmente com o avanço do segundo lote das obras e a implantação de um novo viaduto estratégico no entroncamento com a Rodovia do Calcário (PR-509), que deve reorganizar o fluxo entre o tráfego local e o trânsito de longa distância.
O que envolve o segundo lote da duplicação da Rodovia dos Minérios?
A duplicação da Rodovia dos Minérios, que nesta fase abrange um trecho de aproximadamente 1,28 quilômetro, do km 14,3 ao km 15,6 da PR-092. Embora curto, esse segmento concentra intervenções que vão além da ampliação de faixas e já se encontra em fase final de pavimentação e acabamento.
Na pista central está sendo implantado pavimento rígido de concreto, com duas faixas de rolamento em cada sentido, separadas por barreira de concreto do tipo New Jersey. Ao lado, seguem as vias marginais em pavimento asfáltico, destinadas ao tráfego local e a acessos diretos, com ciclovias, passeios e uma passarela já executada para pedestres.
Como a duplicação da Rodovia dos Minérios melhora o trânsito local e regional?
Um ponto central desta etapa é o novo viaduto no cruzamento com a PR-509, integrado a um sistema de rotatórias que vai organizar melhor as conversões e distribuir os fluxos entre a rodovia principal, as marginais e os acessos urbanos. Assim que as rotatórias forem finalizadas, será feito o encaixe da nova pista de concreto com o pavimento existente, permitindo a liberação total do tráfego sobre o viaduto.
Com isso, o trânsito deve seguir uma lógica mais clara: a pista central absorve o fluxo de passagem, enquanto as marginais atendem veículos que precisam acessar bairros, comércios ou propriedades vizinhas, reduzindo conflitos em cruzamentos e manobras arriscadas, sobretudo nos horários de pico.
Quais são as principais melhorias previstas em segurança viária?
As intervenções foram pensadas para separar tipos de fluxo e reduzir pontos de conflito entre veículos, pedestres e ciclistas, criando um corredor mais seguro e previsível. A seguir, estão alguns dos principais recursos de segurança que passam a integrar a duplicação da Rodovia dos Minérios.
- Pista central em concreto: prioriza fluidez do tráfego regional e reduz necessidade de manutenção frequente.
- Marginais em asfalto: atendem o trânsito local e acessos diretos, diminuindo entradas e saídas bruscas na pista principal.
- Rotatórias: organizam entradas e saídas, reduzindo cruzamentos em nível e manobras perigosas.
- Passarela e ciclovias: oferecem rotas segregadas e mais seguras para pedestres e ciclistas.
- Barreiras centrais: evitam colisões frontais e invasão de pista contrária em trechos de maior velocidade.
Quais serão os próximos trechos da duplicação da Rodovia dos Minérios?
Enquanto finaliza o segundo lote, o DER/PR avança na licitação do próximo segmento, que deverá dar continuidade imediata à obra atual em direção ao Jardim Areias, ainda em Almirante Tamandaré, com extensão aproximada de 8,3 quilômetros. A proposta é manter o mesmo padrão de estrutura viária já adotado.
O projeto prevê pista central em concreto com duas faixas em cada sentido, vias marginais em asfalto, ciclovias e passeios ao longo do trecho. Um destaque é a implantação de 13 novos viadutos em cinco localizações, muitos paralelos entre si para atender ambos os sentidos da rodovia, reduzindo cruzamentos em nível.
Por que a duplicação da Rodovia dos Minérios é considerada estratégica?
A duplicação é tratada como obra estratégica por conectar áreas urbanas da Região Metropolitana de Curitiba a polos produtivos e corredores logísticos relevantes, especialmente ligados à mineração e à indústria. Ao mesmo tempo, atende um volume crescente de deslocamentos diários entre bairros, distritos e a capital paranaense.
Com a conclusão do primeiro lote, entregue em 2024 e ligando Curitiba ao perímetro urbano de Almirante Tamandaré, e o avanço dos demais trechos, o corredor tende a operar com maior previsibilidade, oferecendo faixas adicionais, marginais, viadutos, ciclovias e passarelas que organizam melhor o espaço para quem circula, trabalha ou mora em seu entorno.
