O acesso direto da Rodovia Ayrton Senna ao Distrito Industrial do Taboão, em Mogi das Cruzes, está programado para sair do papel a partir do primeiro semestre de 2026, com investimento previsto de R$ 180 milhões, em uma obra estratégica para o entorno industrial, a mobilidade regional e a reorganização do fluxo de caminhões e veículos leves.
O que prevê a nova obra em Mogi das Cruzes?
O acesso será estruturado por uma pista marginal de cerca de 7,2 quilômetros, com duas faixas de rolamento, acompanhando o traçado da rodovia principal e aproveitando a faixa de domínio existente. O desenho inclui rotatórias, dispositivos de retorno e viadutos, eliminando cruzamentos em nível e separando o tráfego local do fluxo rodoviário de longa distância.
Entre os elementos previstos estão viadutos sobre a malha ferroviária da MRS e acessos diretos a pontos estratégicos do distrito industrial, reduzindo interferências entre caminhões, veículos de passeio e trens. As obras contemplam sinalização, barreiras de proteção, drenagem e adequações ambientais alinhadas às normas vigentes em 2025.
Como está o andamento do projeto executivo e das aprovações?
O projeto executivo do novo acesso está finalizado e passa pelos trâmites finais com órgãos estaduais, como a Artesp e a Secretaria de Parcerias em Investimentos. Também são exigidas certificações do Inmetro relacionadas à segurança e desempenho da via, além da compatibilização com estudos de impacto e licenciamento ambiental.
A intervenção depende de coordenação com a concessionária EcoRodovias e com a Agência Reguladora dos Serviços de Transportes do Estado de São Paulo, mantendo alinhamento ao contrato de concessão da Ayrton Senna. Esse processo busca garantir segurança jurídica, técnica e operacional antes do início das obras.
Qual será o cronograma e as principais etapas da obra?
A previsão é que as intervenções físicas comecem entre janeiro e junho de 2026, após a conclusão das aprovações definitivas, emissão de licenças e contratação de serviços especializados. O investimento de cerca de R$ 180 milhões será distribuído em frentes como terraplenagem, pista marginal e estruturas especiais.
Para organizar a execução, o planejamento divide a obra em fases sucessivas, permitindo liberações parciais de trechos assim que houver condições de segurança. Entre as etapas programadas, destacam-se:
| Fase | Período previsto | O que acontece |
|---|---|---|
| Projetos e aprovações | 2025 | Conclusão do projeto executivo e liberações dos órgãos competentes |
| Preparação da obra | Final de 2025 / início de 2026 | Licenças, contratos e instalação do canteiro |
| Início das obras | 1º semestre de 2026 | Terraplenagem e serviços preliminares |
| Construção de viadutos | 2026 | Obras sobre a ferrovia e estruturas especiais |
| Pista marginal e rotatórias | 2026 | Pavimentação da marginal e dispositivos de acesso |
| Sinalização e segurança | 2026 | Iluminação, sinalização e sistemas de proteção |
| Entrega do acesso | Após 2026 | Liberação total da nova ligação viária |
Quais benefícios o novo acesso traz para logística e economia local?
O acesso direto tende a reduzir a dependência da sobrecarregada Estrada do Taboão, encurtando em até 30 minutos o deslocamento em horários de pico entre o distrito industrial e o km 46 da Ayrton Senna. Isso melhora a logística de cargas, a previsibilidade de entregas e a eficiência no atendimento a grandes plantas industriais como a unidade da GM.
Para a economia local, a conexão mais rápida com o corredor Ayrton Senna–Carvalho Pinto aumenta a competitividade do polo industrial e favorece a atração de novos empreendimentos. A melhoria na circulação de insumos e produtos acabados também integra Mogi das Cruzes a outros eixos da Região Metropolitana de São Paulo e do Vale do Paraíba.
Como a obra impactará moradores, mobilidade urbana e segurança viária?
As rotatórias previstas em pontos como Recanto da Floresta, Takeo Matsumoto e Mauro Auricchio devem organizar as entradas e saídas, separando fluxos de cargas, transporte coletivo e veículos de uso diário. A tendência é de redução de congestionamentos históricos, sobretudo em horários de troca de turno nas fábricas.
A nova pista marginal permitirá um caminho dedicado a quem se dirige ao Distrito Industrial do Taboão, sem interferir diretamente na pista principal da Ayrton Senna. Moradores ganham rotas mais diretas para bairros vizinhos e outras rodovias, com mobilidade mais previsível e segurança viária tratada de forma integrada na região.