O túnel imerso Santos-Guarujá vem sendo apresentado como a primeira ligação seca permanente entre as duas cidades e um dos empreendimentos mais relevantes do Novo PAC em 2025, prometendo encurtar um trajeto que hoje depende basicamente de balsas e pode chegar a uma hora de espera, para um deslocamento estimado entre 2 e 5 minutos, conectando de forma contínua toda a Baixada Santista e aproximando áreas residenciais, portuárias e turísticas.
O que é o túnel imerso Santo-Guarujá e como ele funciona?
O túnel imerso Santos-Guarujá é um projeto de aproximadamente 1,5 quilômetro de extensão, dos quais cerca de 860 a 870 metros serão instalados sob o estuário do Porto de Santos. Em vez de escavação em rocha, serão usados grandes módulos de concreto pré-fabricados, construídos em diques secos, rebocados até o local, afundados e conectados no fundo do canal.
Essa solução, comum em outros países, chega pela primeira vez em grande escala ao Brasil e exige estudos rigorosos sobre correntes, marés e interferências no tráfego portuário. O objetivo é garantir segurança estrutural, durabilidade e mínima interrupção das operações no Porto de Santos durante a construção.
Como será a mobilidade no túnel imerso Santos-Guarujá?
Segundo os estudos divulgados, a estrutura terá três faixas por sentido para veículos, além de uma faixa exclusiva para o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Haverá também espaços dedicados a pedestres e ciclistas, transformando o túnel em um eixo de mobilidade integrada e multimodal entre Santos e Guarujá.
A proposta é oferecer uma alternativa estável às travessias atuais, reduzindo a influência de marés, clima e filas de embarque. Com deslocamentos estimados entre 2 e 5 minutos, a nova ligação deve mudar a rotina diária de trabalhadores, estudantes e usuários de serviços públicos na região.
Qual é o investimento previsto no túnel imerso Santos-Guarujá?
A palavra-chave central desse debate é o túnel imerso Santos-Guarujá, diretamente ligada ao volume de recursos previsto na parceria público-privada. O valor global estimado gira em torno de R$ 6 bilhões a R$ 6,8 bilhões, incluindo construção, operação e manutenção ao longo de cerca de 30 anos de concessão.
Dentro desse contexto mais amplo, a cifra de R$ 100 milhões está associada a fases iniciais, como projetos executivos, estudos ambientais, desapropriações pontuais e instalação de canteiros. De forma resumida, o investimento se distribui em diferentes etapas e responsabilidades ao longo do ciclo da concessão:
- Investimento total previsto: cerca de R$ 6 a 6,8 bilhões;
- Prazo de concessão: cerca de 30 anos, incluindo operação e manutenção;
- Recursos parciais: valores como R$ 100 milhões para fases preliminares.
Confira a seguir todas as etapas do processo de construção do túnel divulgado pelo Governo do Estado de São Paulo, que contém 320 mil inscritos em seu canal:
Quando o túnel imerso Santos-Guarujá deve ficar pronto?
O cronograma oficial indica início das obras em torno de 2025, dentro do ciclo atual do Novo PAC, com produção mais intensa dos módulos de concreto por volta de 2027. A previsão é de conclusão física entre 2030 e 2031, quando se espera o início da operação plena do túnel.
Para uma infraestrutura inédita desse tipo no país, o intervalo de cerca de cinco anos entre o começo efetivo das obras e a abertura ao tráfego vem sendo classificado como prazo recorde. Esse resultado depende de etapas como licenciamento ambiental, contratação, estabilidade de financiamento e testes de segurança antes da liberação ao público.
Quais impactos o túnel imerso Santos-Guarujá trará para a Baixada Santista?
A estimativa é de que até 2 milhões de moradores da Baixada Santista sejam diretamente beneficiados com a nova ligação, reduzindo a dependência de balsas e pequenas embarcações. O tempo de percurso diário tende a cair, com maior previsibilidade para quem trabalha, estuda ou acessa serviços de saúde e educação em cidades vizinhas.
Outro ponto central é a logística do Porto de Santos, o maior complexo portuário da América Latina, que deve ganhar em fluidez de acesso e alternativas de trajeto em horários de pico. Ao reunir faixas para automóveis, VLT, ciclistas e pedestres, o túnel tende a se tornar elemento estruturante da mobilidade regional, influenciando desenvolvimento urbano, transporte público e o mercado de trabalho local nas próximas décadas.