A pavimentação da RSC-473, entre Bagé e o distrito de Torquato Severo, é uma das principais intervenções rodoviárias em andamento na região da Campanha, no Rio Grande do Sul. O trecho de 22,7 quilômetros promete alterar a rotina de moradores, produtores rurais e empresas ligadas à agropecuária, além de aproximar Bagé de Lavras do Sul por via asfaltada, reforçando a integração entre a Campanha e a região central do Estado.
O que é a pavimentação da RSC-473 e qual sua relevância?
De acordo com informações oficiais, o governo estadual, por meio da Secretaria de Logística e Transportes (Selt) e do Daer, trabalha com prazo de entrega até o fim de 2026. Dos 22,7 quilômetros previstos, cerca de seis já estão pavimentados a partir do entroncamento com a BRS-293, em Bagé, em um investimento estimado em R$ 90 milhões do Tesouro do Estado.
A obra faz parte da ampliação da malha rodoviária pavimentada em áreas de forte produção agropecuária, garantindo maior competitividade ao escoamento da produção. Ao consolidar um novo eixo rodoviário, a RSC-473 se torna um elo estratégico para circulação de mercadorias e pessoas na região.
Como a RSC-473 fortalece a integração regional e a logística?
A pavimentação da RSC-473 é tratada como um projeto de integração regional, conectando diretamente a Campanha gaúcha ao centro do Rio Grande do Sul. Esse corredor rodoviário reduz distâncias logísticas para cargas como grãos, carnes, insumos agrícolas e produtos industrializados, antes dependentes de rotas mais longas ou precárias.
Do ponto de vista da logística, a RSC-473 complementa vias estratégicas como a BRS-293, tornando o fluxo de caminhões, ônibus e veículos leves mais regular, inclusive em períodos de chuva. Isso garante previsibilidade no transporte, reduz custos operacionais e diminui riscos de atrasos em contratos de fornecimento.
De que forma a pavimentação da RSC-473 impacta a agropecuária?
Essa obra é a pavimentação da RSC-473, diretamente ligada à agropecuária gaúcha. A região é marcada por pecuária de corte, criação de cavalos, cultivo de grãos e atividades ligadas a insumos rurais, que passam a ter melhor acesso à ração, fertilizantes, sementes e equipamentos.
Na rotina de fazendas e empreendimentos rurais, o asfalto encurta o tempo de deslocamento até escolas, postos de saúde e centros urbanos, reduzindo gastos com combustível e manutenção de veículos. Caminhões que transportam gado ou cavalos de raça também circulam com mais segurança, com menor trepidação e risco de acidentes com os animais.
Quais setores além do campo são impulsionados pela RSC-473?
Além da agropecuária, a rodovia RSC-473 impulsiona energia renovável, turismo rural e serviços diversos. Produtores rurais relatam maior interesse de empresas na instalação de parques eólicos e usinas solares, facilitado pelo transporte de torres, placas e equipamentos para áreas antes de difícil acesso.
A valorização imobiliária acompanha essa transformação, atraindo investimentos para silos, armazéns, oficinas, postos de combustível e serviços de apoio. Para entender melhor esses efeitos, destacam-se alguns setores diretamente beneficiados:
- Comércio local: maior circulação de pessoas favorece mercados, lojas de insumos e serviços.
- Educação: estudantes ganham tempo no trajeto entre a zona rural e as escolas urbanas.
- Saúde: deslocamentos até hospitais e postos de atendimento se tornam mais ágeis.
- Turismo rural: estâncias, hotéis-fazenda e eventos de cavalo crioulo recebem visitantes com mais facilidade.
Qual é o cronograma da RSC-473 e o que se espera até 2026?
A pavimentação da RSC-473 integra um programa mais amplo de ligações regionais conduzido pelo governo gaúcho, que direciona quase R$ 1 bilhão a rodovias estaduais. No caso da RSC-473, o Daer prevê cerca de 12 quilômetros pavimentados até março de 2025, avançando gradualmente em direção a Torquato Severo.
O cronograma inclui terraplenagem, drenagem, aplicação de base e sub-base, asfaltamento, sinalização e liberação gradual de trechos ao tráfego. À medida que essas etapas avançam, a rodovia deixa de ser apenas um projeto e passa a influenciar decisões de investimento, planejamento de safras e desenvolvimento regional de longo prazo.