No Maranhão, a recuperação da BR-135 entre Miranda do Norte e Alto Alegre do Maranhão vem ganhando destaque pela adoção de uma tecnologia de pavimentação em concreto voltada para tráfego intenso e longa durabilidade. O trecho em obras, com aproximadamente 74 quilômetros, integra o Novo PAC, recebe investimentos federais expressivos e foca na melhoria da mobilidade, da segurança viária e da competitividade econômica regional.
Qual é a importância da BR-135 para o Maranhão?
A BR-135 é a principal porta de entrada rodoviária do Maranhão e exerce papel estratégico no escoamento da produção agrícola e industrial. Ela conecta áreas produtoras da região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) ao Porto do Itaqui, em São Luís, um dos principais pontos de saída de grãos e minérios para o mercado externo.
Além do transporte de commodities, a rodovia é essencial para a circulação de bens de consumo, insumos, serviços e passageiros, ligando municípios do norte e oeste maranhense a centros de saúde, educação e comércio. Cada quilômetro recuperado representa ganho de tempo, redução de imprevistos e maior previsibilidade para empresas e motoristas.
Como funciona a recuperação da BR-135 com pavimento em concreto?
O projeto de recuperação da BR-135 utiliza a técnica de whitetopping, que aplica uma camada de concreto sobre a base asfáltica existente, desde que esteja estruturalmente adequada. Em vez de reconstruir toda a estrada, aproveita-se parte da infraestrutura anterior e reforça-se a pista com concreto de alta resistência para suportar tráfego pesado por longos períodos.
O processo inclui fresagem ou preparo da superfície antiga, correção de falhas estruturais, melhorias de drenagem e concretagem em painéis com juntas planejadas para controlar fissuras. A expectativa é de vida útil em torno de 30 anos, com manutenção preventiva e monitoramento periódico, reduzindo intervenções emergenciais e interrupções no tráfego.
Quais são os benefícios do whitetopping na BR-135?
Com o aumento do fluxo de caminhões e ônibus, o whitetopping foi adotado para garantir mais durabilidade e desempenho em clima quente e chuvoso. Essa solução busca diminuir deformações, como afundamentos em trilhas de roda, e aumentar a segurança dos usuários, sobretudo em um corredor logístico intenso.
Entre os principais benefícios dessa tecnologia de pavimentação em rodovias federais de grande fluxo, destacam-se:
- Maior resistência ao tráfego pesado de caminhões, carretas e ônibus de longa distância;
- Redução de deformações na pista, com menor ocorrência de ondulações e buracos;
- Intervalos mais longos entre grandes intervenções de manutenção corretiva;
- Melhor desempenho em regiões de clima quente e chuvoso, como o Maranhão;
- Maior aderência e segurança em situações de chuva intensa e frenagens bruscas.
Quais impactos econômicos e logísticos a obra gera na região?
As obras na BR-135 integram o Novo PAC, com investimento aproximado de R$ 382 milhões em pavimentação, drenagem, sinalização e dispositivos de segurança. Uma rodovia mais estável reduz custos operacionais de caminhões, como consumo de combustível, desgaste de pneus e manutenções frequentes, além de tornar o tempo de viagem mais previsível.
Esse ganho de eficiência impacta diretamente cadeias de suprimentos, planejamento de fretes e competitividade das produções agrícolas e industriais do MATOPIBA. O fortalecimento do escoamento ao Porto do Itaqui favorece novos investimentos em logística, armazenagem e agroindústria ao longo do corredor rodoviário.
Como a recuperação da BR-135 afeta o cotidiano das cidades do entorno?
Para moradores de municípios cortados pela BR-135, a melhoria do pavimento reduz desgaste físico e mecânico nas viagens diárias, facilita o acesso a hospitais, escolas e serviços públicos e aumenta a segurança no tráfego. Trabalhadores, produtores rurais e transportadores autônomos tendem a enfrentar menos atrasos e imprevistos nas rotas.
A presença de canteiros de obras e equipes de engenharia também gera movimentação econômica temporária, com contratação de serviços locais, hospedagem e alimentação. Até o fim de 2026, espera-se que o trecho em concreto consolide um novo padrão de qualidade para a principal rodovia do Maranhão, sustentando o crescimento econômico regional com mais segurança e confiabilidade.