A atualização das vacinas contra a gripe para 2026 no Brasil traz mudanças importantes na forma como o país se prepara para mais uma temporada de influenza. A decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acompanha as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e define quais cepas do vírus influenza devem compor os imunizantes usados tanto no Hemisfério Sul quanto no Hemisfério Norte, permitindo que a produção e a distribuição das doses ocorram dentro do prazo e garantindo maior cobertura da população.
Vacina contra gripe 2026 e composição dos imunizantes
A vacina contra gripe continua sendo uma das principais estratégias para reduzir casos graves, internações e óbitos por influenza. Como o vírus passa por mutações constantes, a composição dos imunizantes precisa ser revista todo ano para manter a proteção atualizada e alinhada ao cenário epidemiológico.
Para 2026, as formulações incluem versões trivalentes, quadrivalentes e também vacinas não baseadas em ovos, além de apresentarem ajustes em linhagens específicas conforme a circulação global de influenza.
Como funciona a atualização anual da vacina contra gripe
A necessidade de atualização anual da vacina contra influenza está ligada à “deriva antigênica”, ou seja, pequenas alterações em proteínas de superfície do vírus, como a hemaglutinina. Essas mudanças permitem que o vírus drible anticorpos gerados por infecções ou vacinações anteriores.
A cada ano, a OMS recomenda uma nova combinação de cepas de influenza A (como H1N1 e H3N2) e influenza B, com base nos subtipos que mais circularam e nos que têm maior potencial de se espalhar. Assim, a vacinação de 2026 foi planejada para oferecer proteção mais alinhada às variantes esperadas para outono e inverno, especialmente em grupos vulneráveis.
Quais são os tipos de vacina contra gripe previstos para 2026?
As vacinas contra a gripe utilizadas em 2026 continuam classificadas em três grandes grupos: trivalentes, quadrivalentes e não baseadas em ovos. Todas utilizam vírus inativados ou fragmentados, ou seja, não têm capacidade de causar a doença, diferindo principalmente na quantidade de cepas incluídas e no método de produção.
Para 2026, a Anvisa mantém atenção à recomendação da OMS de descontinuar gradualmente formulações com linhagens que deixaram de circular de forma significativa, como a B/Yamagata. A previsão é que versões com essa cepa sejam mantidas apenas até que não haja risco de desabastecimento nas redes pública e privada, garantindo transição segura.
- Vacinas trivalentes: protegem contra duas cepas de influenza A (H1N1 e H3N2) e uma de influenza B.
- Vacinas quadrivalentes: além das duas cepas de influenza A, contemplam duas linhagens de influenza B, ampliando o espectro de proteção.
- Vacinas não baseadas em ovos: utilizam tecnologias que dispensam o uso de ovos de galinha, úteis para produção em larga escala e para determinados perfis de alergia, conforme bulas e indicações.
Quem deve tomar a vacina contra gripe em 2026?
No Sistema Único de Saúde (SUS), a campanha de imunização contra a gripe prioriza grupos considerados mais vulneráveis às complicações da influenza. A vacina contra gripe 2026 será destinada principalmente a faixas etárias e categorias profissionais com maior exposição ao vírus ou risco de quadros graves.
Na rede privada, seguem disponíveis vacinas quadrivalentes e versões de alta concentração para idosos, com maior quantidade de antígeno para estimular melhor resposta imunológica. A indicação de cada tipo de vacina leva em conta idade, condição de saúde e disponibilidade nas clínicas especializadas.
Vacina contra gripe 2026 é segura?
A segurança da vacina contra influenza 2026 permanece semelhante à dos anos anteriores, com perfil bem estabelecido em diversos estudos e sistemas de vigilância. As reações mais relatadas envolvem dor, vermelhidão ou inchaço no local da aplicação, além de febre baixa, dor de cabeça e dores musculares em alguns casos.
Especialistas destacam que a mudança de cepas na composição do imunizante não altera o perfil de eventos adversos, pois o ajuste anual tem foco na eficácia, e não na intensidade das reações. Com essas atualizações, a campanha de vacinação contra gripe em 2026 se organiza para reduzir o impacto da influenza no sistema de saúde, incentivando que a população elegível se imunize antes do pico de circulação do vírus.
