A fiscalização de suplementos alimentares no Brasil tem chamado atenção de consumidores e profissionais da saúde, especialmente quando a Anvisa determina a retirada de produtos do mercado. Em dezembro de 2025, uma ação do órgão resultou na proibição, apreensão e recolhimento de diferentes marcas de suplementos, levantando dúvidas sobre segurança, qualidade, critérios de autorização e formas de o consumidor se proteger.

Quais medidas a Anvisa adota ao proibir suplementos alimentares?
Nesse tipo de ação, a Anvisa costuma suspender não apenas a venda, mas também a fabricação, a distribuição, a divulgação e até o consumo dos itens citados em resolução oficial. A decisão é tomada com base em análises técnicas, inspeções sanitárias, documentação apresentada pelas empresas e eventuais denúncias registradas junto ao órgão.
Quando irregularidades são confirmadas, a agência pode agir de forma ampla, atingindo todos os lotes ou apenas lotes específicos, dependendo do caso e do risco sanitário envolvido. Em situações mais graves, as autoridades sanitárias locais também são acionadas para reforçar a fiscalização em estabelecimentos físicos e virtuais.
Quais suplementos alimentares foram proibidos pela Anvisa em 2025?
Na ação de dezembro de 2025, os suplementos alimentares proibidos, com foco em produtos que apresentaram inconformidades sanitárias e documentais. Entre os itens atingidos, destacam-se suplementos sem registro, com ingredientes não autorizados, problemas de rotulagem e falhas de rastreabilidade.
Em alguns casos, a própria origem do produto ou do fabricante não estava claramente identificada, o que aumenta a incerteza quanto à procedência. Também foram observadas alegações de emagrecimento rápido, ganho de massa muscular em tempo recorde e promessas de efeitos estéticos sem respaldo científico.
Por quais motivos suplementos alimentares são proibidos e recolhidos?
Um suplemento alimentar pode ser proibido por diversos motivos, todos relacionados à proteção da saúde pública e ao cumprimento das normas sanitárias. A Anvisa avalia se o produto está corretamente regularizado, se os ingredientes são permitidos para uso em alimentos e se as alegações do rótulo respeitam a legislação vigente.
Quando algum ponto falha, a agência pode determinar a apreensão e o recolhimento para evitar danos à população, bem como orientar o descarte adequado. Em cenários extremos, o consumo pode representar risco toxicológico, interação perigosa com medicamentos ou mascarar doenças que demandam tratamento médico adequado.
- Falta de registro ou notificação: o produto é fabricado ou comercializado sem a devida autorização sanitária.
- Uso de substâncias não autorizadas: inclusão de ingredientes proibidos ou não reconhecidos como seguros para uso em alimentos.
- Alegações terapêuticas indevidas: promessa de cura, tratamento ou prevenção de doenças, função reservada a medicamentos.
- Irregularidades na rotulagem: divergência entre o rótulo e o produto original ou ausência de dados obrigatórios.
- Problemas de fabricação: descumprimento de boas práticas que podem comprometer a qualidade e a segurança do suplemento.
Como o consumidor pode se proteger de suplementos alimentares irregulares?
Diante do aumento da oferta de suplementos alimentares, especialmente em lojas virtuais e marketplaces, torna-se essencial adotar alguns cuidados antes de comprar e consumir esses produtos. A fiscalização da Anvisa ajuda, mas a primeira barreira de proteção está na forma como o consumidor avalia a procedência e as informações disponíveis sobre o suplemento.
- Verificar o registro ou notificação na Anvisa: conferir o número informado no rótulo no portal da agência.
- Observar a rotulagem completa: checar fabricante, CNPJ, lista de ingredientes, data de validade e modo de uso.
- Desconfiar de promessas milagrosas: expressões como “cura garantida” ou “resultado imediato” não são permitidas.
- Evitar produtos de origem desconhecida: itens sem identificação clara de empresa ou responsável técnico representam maior risco.
- Acompanhar alertas sanitários: consultar comunicados e resoluções da Anvisa, como os publicados no Diário Oficial da União.
Qual é a importância das decisões da Anvisa sobre suplementos proibidos?
As decisões sobre suplementos alimentares proibidos funcionam como um sinal de alerta para empresas, profissionais de saúde e consumidores. Para a indústria, reforçam a necessidade de cumprir normas de fabricação, rotulagem e comunicação publicitária, sob pena de sanções e danos à reputação.
Ao tornar públicas as resoluções no Diário Oficial da União e em seu portal, a Anvisa permite que qualquer pessoa acompanhe quais itens tiveram comercialização suspensa, os motivos envolvidos e as orientações sobre recolhimento. Essa transparência incentiva o consumo responsável, o diálogo com profissionais de saúde e o fortalecimento da cultura de segurança em suplementos alimentares.