A falsificação de medicamentos tem ganhado espaço no noticiário de saúde no Brasil e afeta tratamentos comuns, desde aplicações estéticas até terapias hormonais e dermatológicas, trazendo risco não apenas de ineficácia, mas também de causar danos adicionais à saúde. Nesse contexto, o tema “medicamentos falsificados” passou a ser tratado como assunto de interesse público e de vigilância constante por parte de autoridades e profissionais da área.
O que são medicamentos falsificados e quais riscos eles representam?
Medicamentos falsificados utilizam indevidamente o nome de um remédio verdadeiro, mas não seguem o padrão de fabricação, controle de qualidade e segurança do fabricante autorizado. O conteúdo da embalagem costuma ser desconhecido, podendo conter dosagens incorretas, substâncias diferentes das previstas em bula ou até ausência total de princípio ativo.
Os riscos vão desde a falta de efeito terapêutico até reações adversas graves, sobretudo em medicamentos injetáveis, hormônios ou de uso contínuo. Foram identificadas versões falsificadas da toxina botulínica Dysport, do Durateston (reposição de testosterona) e do Suavicid, um medicamento para tratar melasma, todas com rótulos e informações de validade adulterados.
Como o medicamento para melasma Suavicid se tornou alvo de falsificação?
O melasma é uma condição de pele caracterizada por manchas escuras acastanhadas, geralmente no rosto, e frequentemente tratada com cremes clareadores prescritos por dermatologistas. Um dos itens mais utilizados é o Suavicid, creme de uso tópico que atua no clareamento gradual das manchas, exigindo acompanhamento médico e uso correto de fotoproteção.
Em 2025, foi detectado um lote falsificado desse medicamento, que levou à determinação de apreensão e proibição de comercialização pela autoridade sanitária federal. No caso do medicamento para tratar melasma falsificado, algumas diferenças se destacavam em relação ao produto original, indicando adulteração evidente.
- Datas de fabricação e validade diferentes das informadas pelo fabricante legítimo;
- Apresentação do produto em bisnaga de plástico, enquanto o original utiliza bisnaga de alumínio;
- Alteração da cor do creme, branco no falsificado, em contraste com o tom amarelo-esverdeado da fórmula verdadeira.
Quais sinais ajudam a reconhecer possíveis falsificações de medicamentos?
Embora a identificação exata de um produto falsificado muitas vezes exija análise técnica, alguns sinais podem levantar suspeitas em medicamentos como toxinas botulínicas, hormônios e cremes dermatológicos. Detalhes visuais, de rotulagem e de procedência devem ser avaliados com atenção por profissionais de saúde e consumidores.
- Datas incompatíveis: datas de fabricação e validade que não coincidem com as informações oficiais divulgadas pelo laboratório fabricante;
- Erros de ortografia e formatação irregular de textos na embalagem, como fontes diferentes, cores destoantes ou falhas de impressão;
- Ausência de recursos obrigatórios, como inscrições em braile quando o medicamento verdadeiro possui esse item;
- Diferença na cor ou forma de apresentação do produto, como no creme para melasma que passou de amarelo-esverdeado para branco na versão falsificada;
- Origem desconhecida, principalmente em compras pela internet, em sites sem identificação clara de farmácia ou distribuidora autorizada.
O que fazer ao suspeitar de um medicamento falsificado?
Ao desconfiar que um frasco, ampola ou creme, como um medicamento para melasma, possa ser falso, a orientação é interromper o uso imediatamente e buscar esclarecimentos. A recomendação das autoridades sanitárias é que profissionais de saúde, pacientes e estabelecimentos comuniquem o fato aos canais oficiais de vigilância, permitindo apreensão de lotes e investigação da origem.
De forma geral, as ações indicadas incluem guardar a embalagem suspeita, registrar dados do lote, contatar a vigilância sanitária local e consultar alertas em portais oficiais. A atuação conjunta entre fabricantes, órgãos reguladores e profissionais de saúde é central para identificar rapidamente novas falsificações e proteger quem utiliza tratamentos estéticos, hormonais ou dermatológicos, como a terapia com medicamento para tratar melasma.