O alerta vermelho de chuvas fortes emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para esta quarta-feira (3/12) marca um dos cenários mais críticos do período chuvoso de 2025, com previsão de acumulados superiores a 60 mm por hora ou mais de 100 mm em 24 horas, capazes de provocar transtornos expressivos em áreas urbanas e rurais, especialmente em regiões de Minas Gerais, Espírito Santo e sul da Bahia, onde já existem áreas vulneráveis a enchentes e deslizamentos.
Como funciona o alerta vermelho de chuvas fortes do Inmet?
O alerta vermelho de chuvas fortes é o nível máximo de atenção emitido pelo Inmet e indica situação de perigo grande e iminente. No cenário atual, acumulados acima de 100 mm/dia podem causar alagamentos extensos, transbordamentos de rios e córregos e deslizamentos em encostas com ocupação irregular ou solo fragilizado.
Em Minas Gerais, Espírito Santo e sul da Bahia, o impacto tende a atingir tanto centros urbanos quanto comunidades rurais. A combinação de solo encharcado, cursos d’água cheios e encostas íngremes amplia o risco de desastres naturais e pode exigir remoções preventivas em áreas de maior vulnerabilidade.
Quais são os principais impactos previstos com as chuvas fortes?
Entre os principais impactos estão interrupções no transporte urbano e intermunicipal, queda de barreiras em rodovias e danos a estruturas precárias. Também podem ocorrer falhas em serviços essenciais, como energia elétrica e abastecimento de água, sobretudo em municípios com infraestrutura mais vulnerável.
A população que vive em áreas de risco geológico ou hidrológico pode enfrentar necessidade de remoção preventiva, conforme avaliação das defesas civis locais. Em cidades com histórico recente de alagamentos, a situação reforça a importância de planejamento dos órgãos públicos e de uma postura mais cautelosa da população.
Como se diferenciam os alertas vermelho e laranja do Inmet?
Enquanto o alerta vermelho sinaliza alto risco de danos significativos, o alerta laranja indica perigo moderado a alto, com potencial para transtornos relevantes. Para o centro-sul do país, o Inmet prevê chuva entre 30 e 60 mm/h ou até 100 mm/dia, acompanhada por rajadas de vento que podem chegar a 100 km/h.
Esse aviso atinge Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, parte do Rio de Janeiro e o Distrito Federal. Nessas áreas, os temporais podem provocar queda de árvores, destelhamento, interrupções pontuais no fornecimento de energia e alagamentos em pontos de drenagem deficiente.
Como o alerta laranja afeta o Norte e parte do Centro-Oeste?
No Norte e em parte do Centro-Oeste, o alerta laranja de chuvas intensas prevê volumes entre 30 e 60 mm/h ou de 50 a 100 mm/dia, com ventos de até 100 km/h. Estados como Amazonas, Acre, Rondônia, Pará e grande parte do Mato Grosso podem registrar tempestades com trovoadas frequentes.
Nessas regiões, há possibilidade de queda de granizo em pontos isolados, o que representa risco adicional para veículos, telhados e lavouras. A atuação conjunta entre defesas civis estaduais e prefeituras é essencial para mitigar danos e orientar a população sobre áreas mais expostas. Veja as áreas atingidas na imagem do Meteored, via X:
🚨🌧️ ZCAS se forma nos próximos dias sobre o centro-norte do Brasil.
— Meteored Brasil (@MeteoredBR) December 3, 2025
⛈️ Chuvas intensas e volumosas atingem o SE, CO, NE e N.
🗞️ Saiba +: https://t.co/ocGK3xDU1i pic.twitter.com/zTag10hP5V
Quais cuidados são recomendados durante chuvas fortes e tempestades?
Em situações de chuva intensa e vento forte, órgãos de proteção civil reforçam recomendações práticas para reduzir danos materiais e riscos à integridade física. Em áreas sujeitas a alagamento, é indicado evitar atravessar ruas inundadas, tanto a pé quanto de carro, e acompanhar os avisos meteorológicos oficiais, atualizados ao longo do dia.
Para facilitar a adoção de medidas de autoproteção pela população, alguns cuidados básicos são constantemente enfatizados por especialistas e defesas civis municipais e estaduais:
- Evitar atravessar áreas alagadas, pela dificuldade de avaliar profundidade e correnteza.
- Observar sinais de movimentação de solo, como rachaduras, portas que prendem e água barrenta.
- Reforçar telhados e guardar objetos soltos em sacadas e quintais antes de temporais.
- Desconectar aparelhos eletrônicos em caso de descargas elétricas frequentes.
- Buscar orientações apenas em fontes oficiais, como Inmet e defesas civis.
Quais são os impactos regionais?
Os diferentes níveis de alerta mostram um quadro de instabilidade climática espalhado por boa parte do país. No Sudeste, o destaque é o alerta vermelho com risco elevado de enchentes e deslizamentos em Minas Gerais, Espírito Santo e sul da Bahia, enquanto o centro-sul enfrenta chuva volumosa e ventos intensos.
No Norte e parte do Centro-Oeste, temporais, trovoadas e granizo isolado exigem monitoramento meteorológico em tempo real. A integração entre serviços de previsão do tempo, prefeituras, estados e órgãos federais permite planejamento preventivo, ajustes em rotinas de escolas, empresas e transporte e revisão de ocupações em áreas de risco.
- Minas Gerais, Espírito Santo e sul da Bahia: maior risco de alagamentos amplos e deslizamentos.
- Centro-sul do país: tempestades com rajadas de vento fortes e chance de danos estruturais pontuais.
- Norte e parte do Centro-Oeste: chuvas intensas, trovoadas frequentes e possibilidade de granizo.
FAQ sobre chuvas no Brasil
- O que significa alerta vermelho de chuva? É o nível máximo de aviso meteorológico do Inmet, indicando alto risco de impactos graves, como enchentes extensas, transbordamento de rios e deslizamentos de terra, exigindo atenção imediata.
- Qual a diferença entre chuva forte e chuva intensa? Em geral, chuva forte ou intensa está ligada ao volume em milímetros por hora ou por dia, considerados altos quando passam de cerca de 30 mm/h ou 50 mm/dia, conforme o tipo de alerta.
- Rajadas de vento de 100 km/h são comuns em temporais? Não são diárias, mas podem ocorrer em tempestades severas associadas a frentes frias, linhas de instabilidade ou sistemas de baixa pressão bem organizados.
- Granizo é mais provável em qual tipo de tempestade? A queda de granizo costuma acontecer em nuvens muito desenvolvidas verticalmente, as cumulonimbus, associadas a tempestades intensas com fortes correntes ascendentes.