Quem acompanha o mercado da construção civil já percebeu que, nos últimos anos, surgiram alternativas às paredes de tijolos usadas há décadas em boa parte das obras brasileiras. Entre essas soluções está o sistema de paredes prontas com EPS, formado por painéis leves produzidos em ambiente industrial, que chegam ao imóvel praticamente no tamanho final e ajudam a reduzir improvisos no canteiro, tornando a etapa de vedação mais previsível e organizada.
O que são paredes prontas com EPS e como elas funcionam?
As paredes prontas com EPS são formadas por painéis com núcleo de poliestireno expandido envolvido por camadas rígidas de proteção. O EPS é um material leve, cheio de microcâmaras de ar, conhecido pela capacidade de isolamento térmico e acústico quando usado na densidade correta.
Essas placas são produzidas em indústria, com controle de medidas e espessuras, já prevendo altura, comprimento e aberturas de portas e janelas. Em muitos sistemas, a superfície da parede sai mais lisa de fábrica, reduzindo ou mesmo dispensando etapas como chapisco e reboco tradicionais.
Quais normas e requisitos técnicos orientam o uso do EPS?
O uso do EPS em sistemas de vedação vertical é orientado por normas técnicas brasileiras específicas, que estabelecem critérios mínimos de desempenho. A ABNT NBR 11752 define requisitos para painéis de EPS em vedação, incluindo fabricação, instalação e ensaios.
Seguir essas diretrizes é fundamental para garantir segurança, durabilidade e qualidade, além de facilitar aprovações em órgãos públicos e financiamentos. Em muitos casos, projetos podem também considerar normas de desempenho global da edificação, como a ABNT NBR 15575.
Como é a instalação das paredes prontas com EPS?
O processo de montagem das paredes prontas com EPS se assemelha a um sistema de encaixe, e não à alvenaria tradicional tijolo a tijolo. Primeiro, a equipe marca no piso e na laje a posição exata de cada divisória e instala trilhos de apoio de base e topo, que receberão os painéis.
Com essa guia pronta, os painéis são posicionados, nivelados e fixados com parafusos, grampos, chumbadores ou adesivos específicos. Em seguida, são executadas as instalações elétricas e hidráulicas a partir de recortes planejados, finalizando com pequenos acertos de superfície e aplicação de acabamentos.
- Definição do layout em planta;
- Fixação dos trilhos de base e topo;
- Montagem e ancoragem dos painéis;
- Passagem de tubulações e cabos;
- Aplicação do acabamento desejado.
Se você ainda tem dúvidas sobre como funcionam as paredes prontas com EPS, normas e aplicações na obra, confira o vídeo do canal Bron do Gesso, que conta com 11 mil curtidas no TikTok, que mostra na prática a montagem e as vantagens desse sistema construtivo:
@brondogesso Paredes prontas de eps isopor 🚀👊🔥térmicas e acústicas 🔥 . . . . #gesso #obras #arquitetura #drywall #eps #isopor ♬ som original – Bron do gesso
Quais vantagens e desvantagens as paredes prontas com EPS apresentam?
Entre as principais vantagens estão a rapidez de execução da vedação, a redução de entulho e a melhor organização do canteiro, já que os painéis chegam sob medida. A leveza facilita o transporte e manuseio, enquanto o núcleo de EPS contribui para conforto térmico e acústico quando corretamente especificado.
Como desvantagens, o sistema não substitui elementos estruturais e exige projeto bem coordenado com o fornecedor, com definição antecipada de layout, instalações e reforços para cargas suspensas. Em áreas de alto impacto, umidade permanente ou forte exigência acústica, podem ser necessários revestimentos complementares ou combinações com outros tipos de vedação.
As paredes prontas com EPS são resistentes e seguras?
A resistência das paredes com núcleo de EPS depende do conjunto formado pelo painel, revestimentos e forma de fixação. O EPS isolado não suporta grandes cargas, mas, combinado a argamassas especiais, telas metálicas ou chapas estruturais, resulta em painéis robustos para vedação interna e externa.
No quesito segurança contra incêndio, o EPS para construção recebe aditivos que reduzem a propagação de chamas e permanece protegido por camadas de revestimento, testadas em laboratório segundo normas brasileiras. Em residências, o sistema é usado principalmente como fechamento e divisão de ambientes, desde que a função estrutural continue a cargo de pilares, vigas e lajes dimensionados para isso.