O Litoral de São Paulo registra nesta semana 19 praias impróprias para banho, conforme o boletim mais recente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), divulgado nesta quinta-feira (18/12). O levantamento, atualizado semanalmente, indica que trechos do Litoral Norte e do Litoral Sul apresentam índices de bactérias acima do recomendado para o contato direto com a água do mar, o que pode representar risco à saúde de quem entra no mar.
O que significa uma praia ser imprópria para banho?
A expressão praia imprópria para banho é usada quando a qualidade da água não atende aos padrões estabelecidos para uso recreativo, especialmente no que diz respeito à presença de bactérias de origem fecal. No litoral paulista, a Cetesb considera o número de bactérias presentes em uma amostra de 100 mililitros de água, parâmetro que segue normas nacionais e referências da Organização Mundial da Saúde.
Se forem identificadas mais de 100 colônias de bactérias, a praia é classificada como imprópria, indicando maior risco de doenças de pele, ouvido, gastrointestinais e infecções diversas. Quando o resultado aponta contaminação acima do limite, a área recebe bandeira vermelha em pontos visíveis da faixa de areia, e a recomendação é evitar o banho de mar, sobretudo para crianças, idosos e pessoas com imunidade mais baixa.
Quais praias estão impróprias para banho no litoral de São Paulo?
Segundo o relatório da Cetesb, o Litoral de SP tem 19 praias impróprias para banho, distribuídas entre cinco pontos no Litoral Norte e 14 no Litoral Sul. A lista inclui trechos de Ubatuba, Caraguatatuba e São Sebastião, além de praias bastante frequentadas em Guarujá, Santos, São Vicente, Praia Grande, Itanhaém e Peruíbe, muitas delas em áreas densamente urbanizadas.
Em vários casos, não é toda a praia que está classificada como inadequada, mas setores específicos onde a coleta é realizada, o que reforça a importância de observar a sinalização local. Essa relação pode sofrer alterações a cada atualização semanal, pois a balneabilidade depende de fatores como lançamento de esgoto, regime de chuvas e marés, exigindo acompanhamento constante pelos banhistas:
- Ubatuba: Itaguá – dois trechos diferentes avaliados como impróprios;
- Caraguatatuba: Centro e Indaiá;
- São Sebastião: São Francisco;
- Guarujá: Enseada – trecho na Av. Santa Maria;
- Santos: Embaré, Boqueirão, Gonzaga e José Menino (na altura da Rua Olavo Bilac);
- São Vicente: Praia da Divisa, Gonzaguinha e Prainha;
- Praia Grande: Canto do Forte, Vila Mirim, Maracanã e Jardim Solemar;
- Itanhaém: Jardim Cibratel;
- Peruíbe: Balneário São José Batista.
Como a Cetesb avalia a balneabilidade das praias?
A balneabilidade das praias do litoral paulista é definida por coletas periódicas de água em pontos fixos da orla, com análise em laboratório de coliformes e outras bactérias indicadoras de contaminação. Os resultados classificam as praias como próprias ou impróprias para banho, e são divulgados no site da Cetesb e em relatórios semanais, especialmente reforçados na alta temporada.
Para reduzir riscos à saúde, alguns cuidados básicos são recomendados em qualquer situação, sobretudo em áreas com histórico de contaminação recorrente e grande fluxo de usuários. Esses cuidados envolvem tanto a escolha do local de banho quanto ações simples de higiene após o contato com o mar.
- Verificar o boletim de balneabilidade mais recente antes de escolher a praia.
- Evitar entrar no mar em locais sinalizados com bandeira vermelha.
- Não tomar banho próximo a saídas de canais, córregos ou emissários de esgoto.
- Redobrar a atenção após períodos de chuva intensa, quando o carreamento de resíduos aumenta.
- Lavar o corpo com água limpa após o contato com o mar, principalmente em crianças.
Quais são os impactos para banhistas e turismo no litoral de SP?
A presença de 19 praias impróprias no Litoral de SP nesta semana tende a influenciar a rotina de moradores e turistas e o planejamento de viagens. Em períodos de alta temporada, muitos visitantes redirecionam seus passeios para trechos classificados como próprios, alterando o fluxo de pessoas na orla e o movimento em quiosques, hotéis e demais serviços turísticos.
Para o poder público, os dados da Cetesb funcionam como termômetro da eficiência das ações de saneamento e controle de poluição, orientando investimentos e projetos de recuperação ambiental. Para o banhista, a atenção a bandeiras e boletins auxilia na prevenção de infecções de pele, otites, conjuntivites e gastroenterites, lembrando que até água com aparência limpa pode estar contaminada.
FAQ sobre praias em SP
- Quais doenças podem estar associadas ao banho em praias impróprias? Podem ocorrer infecções de pele, otites, conjuntivites e gastroenterites, entre outras, associadas ao contato com bactérias presentes em água contaminada.
- Água com aparência limpa pode estar imprópria? Sim. A contaminação por bactérias nem sempre altera a cor ou o cheiro da água, por isso a análise laboratorial é considerada fundamental.
- A bandeira vermelha vale para toda a extensão da praia? Em geral, a sinalização se refere ao trecho monitorado, mas a recomendação é considerar a área ao redor, já que correntes e marés podem espalhar a contaminação.
- É possível praticar esportes na areia de praias impróprias? A restrição principal é para o banho de mar. Atividades na faixa de areia costumam ser permitidas, desde que não haja outras interdições específicas no local.