Com o crescimento do e-commerce, também aumentam as fraudes virtuais. Veremos hoje, nesta quarta-feira (26/11), um dos esquemas mais recorrentes envolve leilões de veículos falsos, em que criminosos simulam plataformas confiáveis para enganar compradores. Recentemente, em Santos, São Paulo, uma mulher perdeu uma quantia significativa ao tentar adquirir um carro por meio de um site clonado.
Como funcionam os golpes de leilão de carros online?
Sites falsificados são criados para parecerem idênticos aos de empresas de leilões reconhecidas. Os criminosos anunciam carros com preços muito abaixo do mercado, induzindo pressa na tomada de decisão. Após o pagamento, os contatos desaparecem e o veículo nunca é entregue.
Esses sites fraudulentos usam domínios parecidos com os originais e simulam até mesmo termos de contrato, certidões e certificados para enganar até consumidores experientes.
As vítimas podem responsabilizar os bancos?
Buscar responsabilização judicial nem sempre é simples. Tribunais costumam isentar os bancos, salvo quando há comprovação de negligência clara. Isso significa que a instituição financeira não é automaticamente culpada apenas por ter processado uma transação fraudulenta.
Na prática, é difícil rastrear os autores do golpe, e muitos casos acabam arquivados por falta de provas contra os verdadeiros responsáveis.
Como evitar cair em golpes de leilões falsos?
Proteger-se exige cautela e verificação de detalhes antes de concluir qualquer negócio online. Algumas boas práticas são:
- Pesquisar profundamente sobre o site e sua reputação.
- Verificar CNPJ e registro da empresa junto a órgãos oficiais.
- Evitar contas pessoais ou intermediárias para transferências bancárias.
- Consultar reclamações em sites como Reclame Aqui ou Procon.
A melhor defesa contra golpes online é a informação. Comportamento preventivo e ceticismo são essenciais para evitar prejuízos em um ambiente digital cada vez mais sofisticado.
O banco deve monitorar todas as transações?
As instituições financeiras têm sistemas de segurança, mas não podem prever todas as fraudes. Elas costumam agir ao identificar movimentações suspeitas repetitivas ou valores incompatíveis com o perfil do usuário, mas falhas isoladas são difíceis de evitar.
Por isso, a responsabilidade maior recai sobre o consumidor, especialmente ao realizar pagamentos para empresas ou pessoas não verificadas.
Três atitudes que evitam fraudes em leilões
- Confirme a autenticidade do site e do anunciante antes de pagar.
- Nunca se baseie apenas em preços baixos: se estiver barato demais, desconfie.
- Busque referências de outras pessoas que já compraram pelo mesmo canal.