A dúvida sobre quanto custa carregar carro elétrico na tomada de casa é o principal ponto de partida para quem pensa em abandonar os combustíveis fósseis. Embora a conta de luz aumente, a economia no final do mês em relação à gasolina costuma surpreender positivamente a maioria dos motoristas brasileiros.
Para entender o impacto real no seu bolso, é preciso olhar além do valor do quilowatt-hora (kWh). A capacidade da bateria de cada veículo e a eficiência energética são fatores determinantes que mudam drasticamente o custo por quilômetro rodado entre um modelo compacto e um SUV.
Como calcular o valor da recarga residencial?
A fórmula para descobrir o preço de um “tanque cheio” de elétrons é simples: basta multiplicar a capacidade da bateria do veículo (em kWh) pela tarifa de energia da sua região. No Brasil, o custo médio residencial gira em torno de R$ 0,90 por kWh, considerando impostos e bandeiras tarifárias vigentes.
Isso significa que, diferentemente dos postos de gasolina onde o preço é fixo na bomba, carregar em casa permite gestão. Você pode aproveitar horários de tarifa branca ou sistemas de energia solar para reduzir esse custo a quase zero, algo impossível com veículos a combustão.
O tamanho da bateria define o custo final?
Nem sempre uma bateria maior significa um gasto excessivo, pois ela também entrega mais autonomia. Modelos como o BYD Yuan Plus possuem baterias robustas que custam mais para encher, mas permitem rodar distâncias maiores sem a necessidade de novas paradas.
Por outro lado, carros urbanos como o Renault Kwid E-Tech apostam em baterias menores para manter o veículo leve e o carregamento rápido. Essa estratégia torna o custo por recarga extremamente baixo, ideal para o uso diário na cidade.
Abaixo, preparamos uma estimativa de custo para recarga completa (0 a 100%) considerando uma tarifa média de R$ 0,90/kWh:
- Renault Kwid E-Tech (26,8 kWh): Aprox. R$ 24,12 por carga completa (Autonomia Inmetro: 185 km).
- BYD Dolphin Mini (38 kWh): Aprox. R$ 34,20 por carga completa (Autonomia Inmetro: 280 km).
- BYD Dolphin GS (44,9 kWh): Aprox. R$ 40,41 por carga completa (Autonomia Inmetro: 291 km).
- Renault Megane E-Tech (60 kWh): Aprox. R$ 54,00 por carga completa (Autonomia Inmetro: 337 km).
- BYD Yuan Plus (60,5 kWh): Aprox. R$ 54,45 por carga completa (Autonomia Inmetro: 294 km).
Eficiência: o segredo da economia real
Mais importante que o valor total da carga é saber quanto o carro gasta para andar. O BYD Dolphin Mini, por exemplo, destaca-se pela eficiência, entregando um custo por quilômetro rodado extremamente competitivo, muitas vezes inferior a R$ 0,12/km.
Já modelos maiores e mais potentes, como o Megane E-Tech, priorizam desempenho e conforto. Mesmo consumindo um pouco mais de energia, ainda representam uma economia de cerca de 70% a 80% em comparação a um carro a gasolina de porte similar.

A infraestrutura doméstica influencia no preço?
Investir em um carregador do tipo Wallbox não altera o custo da energia consumida, mas muda a eficiência do tempo. Carregar na tomada comum (220V) é mais lento e pode ter pequenas perdas de energia na conversão, enquanto o equipamento dedicado é mais seguro e rápido.
Se você planeja migrar para a mobilidade elétrica, o primeiro passo é verificar a instalação elétrica da sua garagem. Adequar sua casa agora garante que você aproveite o máximo da economia que esses veículos proporcionam desde o primeiro dia.
Economia elétrica é a escolha inteligente para o futuro
- O custo de rodagem de um elétrico pode ser até 5 vezes menor que o de um carro a combustão equivalente.
- A variação da tarifa de energia entre estados impacta o valor final, mas a vantagem econômica permanece consistente em todo o país.
- Escolher o modelo certo envolve equilibrar o tamanho da bateria com sua necessidade diária de deslocamento.