A Anvisa endureceu o controle sobre a comercialização de produtos à base de cannabis e de cogumelos medicinais no país. A decisão afetou diretamente as empresas Hemp Vegan, Cannafy e De Volta às Raízes, após a publicação da Resolução nº 3.987/2025 no Diário Oficial da União.
- Produtos de cannabis e cogumelos foram vetados por falta de registro;
- Empresas envolvidas não possuíam autorização de fabricação reconhecida pela Anvisa;
- Medida reforça a importância da regulamentação sanitária e da segurança do consumidor.
Por que a Anvisa proibiu produtos à base de cannabis?
A Hemp Vegan teve todos os seus lotes suspensos após a Anvisa constatar que seus produtos não possuíam o registro sanitário obrigatório para circulação no Brasil. Além disso, a agência destacou que a fabricante responsável é considerada “desconhecida”, o que levanta dúvidas sobre a origem e o controle de qualidade dos itens.
Em nota oficial, a Anvisa afirmou que os produtos não atendem aos padrões de segurança exigidos. Até o momento, a empresa não se manifestou publicamente sobre o caso, mas permanece com o direito de apresentar esclarecimentos e recorrer da decisão.
Como a Cannafy reagiu à decisão da Anvisa?
A Cannafy também foi alvo da resolução e se defendeu alegando que não fabrica nem comercializa produtos de cannabis dentro do território nacional. Segundo a empresa, seu papel seria apenas intermediar o acesso de pacientes brasileiros a fornecedores estrangeiros devidamente autorizados.
Mesmo com esse argumento, a Anvisa informou ter identificado produtos da marca sendo oferecidos de forma irregular no mercado interno, sem qualquer autorização oficial. Por isso, determinou a proibição de venda e distribuição dos itens em todo o país.
Por que os produtos à base de cogumelos também foram vetados?
A fiscalização não se limitou aos derivados de cannabis. A empresa De Volta às Raízes também entrou na lista de proibições da Anvisa após comercializar produtos à base de cogumelos sem registro sanitário. Segundo a agência, a fabricante não possui autorização para produzir medicamentos no Brasil.
No site oficial, a empresa afirmou que seus produtos seguem a Medicina Tradicional Chinesa e, por isso, estariam isentos de registro de acordo com a Resolução nº 240/2018. No entanto, a Anvisa rejeitou essa justificativa, afirmando que qualquer produto com alegação terapêutica precisa de autorização específica.
Quais os efeitos dessas medidas para o mercado brasileiro?
As recentes ações da Anvisa reforçam o compromisso do órgão com a proteção da saúde pública e a transparência no mercado de produtos terapêuticos. O objetivo é impedir que substâncias sem comprovação científica ou sem controle de qualidade cheguem aos consumidores.
Para as empresas, a medida serve como alerta: a comercialização de produtos de saúde exige rigor técnico, documentação completa e processos de fabricação certificados. Já para os consumidores, a orientação é clara, como sempre, verificar se o produto possui número de registro ou autorização no site da Anvisa antes da compra.
- Produtos sem registro podem conter substâncias contaminantes;
- A ausência de controle de fabricação aumenta os riscos de efeitos adversos;
- Empresas regulares garantem rastreabilidade e segurança dos produtos vendidos.
Como é possível acessar produtos de cannabis legalmente no Brasil?
Apesar das proibições, o acesso a produtos à base de cannabis medicinal segue permitido em casos específicos. A RDC nº 660/2022 da Anvisa autoriza a importação mediante prescrição médica e autorização individual para uso pessoal.
Pacientes que necessitam de tratamentos com canabinoides devem buscar orientação médica, reunir os documentos exigidos e enviar o pedido diretamente à Anvisa. Somente após a aprovação o produto pode ser importado legalmente.
O que as empresas podem fazer após as proibições?
As companhias afetadas pela Resolução nº 3.987/2025 têm direito de recorrer administrativamente. Elas podem apresentar documentação complementar e adequar seus processos produtivos para tentar regularizar a situação perante a agência.
Esse caminho é fundamental para garantir a credibilidade de marcas que atuam em setores sensíveis, como o de produtos fitoterápicos e medicamentos alternativos. A Anvisa tem demonstrado abertura ao diálogo, desde que as exigências legais sejam cumpridas integralmente.
Essas medidas mostram a importância da regulamentação sanitária
- A Anvisa busca coibir a venda de produtos sem origem comprovada;
- Empresas devem priorizar transparência e registro sanitário antes da comercialização;
- Consumidores precisam adotar uma postura mais crítica e informada ao escolher produtos naturais ou terapêuticos.
Em um mercado que cresce rapidamente, a atuação da Anvisa garante que apenas produtos seguros e eficazes cheguem às prateleiras. Manter-se atento às regulamentações é essencial para quem deseja empreender de forma ética e sustentável no setor de saúde e bem-estar.
Se você atua nesse segmento, revise suas autorizações, regularize registros e mantenha sua empresa dentro das normas. Assim, é possível crescer com segurança e contribuir para um mercado mais confiável e profissional.