A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu recentemente a venda de picolés com creatina no Brasil. A medida, oficializada por meio de resolução, destaca que a segurança do uso da creatina em alimentos ainda não foi devidamente avaliada, restringindo seu emprego apenas a suplementos alimentares para adultos e reforçando a necessidade de garantir produtos devidamente regulados para os consumidores.
Por que a creatina é mais recomendada como suplemento do que como ingrediente em alimentos?
A creatina é amplamente utilizada por praticantes de atividades físicas intensas, sendo formada por aminoácidos como glicina, etionina e arginina. Como sua segurança em alimentos ainda não é comprovada pela Anvisa, permanece restrita a suplementos licenciados para adultos.
O papel fundamental da creatina está na produção de energia para as células musculares, justificando sua preferência em forma de suplemento, já que seu consumo em alimentos ainda exige mais estudos e regulamentação.
Quais são os objetivos da Anvisa com a proibição da creatina em picolés?
A decisão da Anvisa visa proteger o consumidor contra eventuais riscos do consumo não regulamentado de creatina em alimentos, especialmente em produtos populares entre diferentes públicos. Isso se justifica pela falta de estudos que poderiam identificar possíveis efeitos adversos do consumo casual.
Com essa postura, a agência reafirma o compromisso em garantir a segurança e a eficiência dos produtos disponíveis no mercado, priorizando sempre a saúde pública.
Como identificar creatina falsificada e garantir escolhas seguras?
O crescimento do mercado de suplementos traz consigo o risco de produtos falsificados, tornando fundamental a escolha consciente. Em 2024, a Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) revelou, após análise, que 25 marcas avaliadas não apresentavam o conteúdo informado em seus rótulos.
Veja alguns critérios essenciais para identificar suplementos de creatina confiáveis e evitar fraudes potencialmente perigosas:
- Verifique se o produto possui selo de qualidade e registro na Anvisa.
- Observe se a marca tem reconhecimento no mercado e boas avaliações de consumidores.
- Prefira adquirir suplementos em farmácias, lojas especializadas ou canais oficiais das marcas.
- Desconfie de preços muito abaixo do mercado e embalagens sem informações claras.
Consumo responsável de creatina depende da conscientização e regulamentação
À medida que o interesse por suplementos cresce, a colaboração entre consumidores, fabricantes e órgãos reguladores se torna cada vez mais importante. A educação sobre o uso seguro da creatina é essencial para evitar riscos e promover escolhas informadas.
A garantia de produtos regulamentados e seguros só será possível com pesquisas contínuas, fiscalização eficiente e maior consciência por parte de quem consome e comercializa suplementos alimentares no Brasil.