A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem intensificado a fiscalização e políticas de regulação sobre medicamentos injetáveis para perda de peso, especialmente aqueles que ainda não obtiveram aprovação no Brasil. Recentemente, a agência anunciou medidas proibitivas quanto à importação e comercialização de produtos à base de agonistas do GLP-1, conhecidos como canetas antiobesidade, ressaltando a ausência de avaliação nacional quanto à qualidade, eficácia e segurança desses medicamentos.

Anvisa intensifica proibição de medicamentos injetáveis sem aprovação
A Anvisa vem destacando o aumento preocupante da comercialização e propaganda irregular de medicamentos sem aprovação oficial, atitude que infringe a legislação vigente. O principal objetivo das proibições é prevenir o uso de produtos não avaliados cientificamente, reduzindo riscos graves à saúde pública.
Recentemente, três tipos de medicamentos de origem e empresas desconhecidas Lipoless Eticos, Tirzazep Royal Pharmaceuticals e T.G. Indufar foram apreendidos pela agência, refletindo as ações aplicadas anteriormente contra outros remédios também não regulamentados.
Importação de medicamentos sem registro é permitida em algum caso?
A importação de medicamentos sem registro na Anvisa pode, em situações muito específicas, ser concedida somente para uso pessoal e mediante rigorosas condições. Contudo, medicamentos banidos, como as canetas injetáveis antiobesidade, não entram nessas exceções.
Mesmo com prescrição médica, o indivíduo não pode importar esses produtos, atendendo ao que determinam as resoluções atuais do órgão regulador.
Quais são os riscos envolvidos no uso de medicamentos não aprovados pela Anvisa?
O consumo de medicamentos sem aprovação implica perigos expressivos à saúde, já que não há garantia de segurança e eficácia. Isso potencializa o risco de eventos adversos imprevisíveis, principalmente com informações de bula em outro idioma.
Veja alguns dos principais perigos relacionados ao consumo de medicamentos sem o aval da Anvisa:
- Possibilidade de erro na administração devido à bula estrangeira
- Risco de falsificação ou adulteração dos produtos
- Probabilidade de automedicação inadequada
- Ausência de monitoramento pelas autoridades nacionais
Anvisa detalha regras para venda de medicamentos para emagrecimento e diabetes
A agência determina que remédios para emagrecer e para diabetes contendo agonistas do GLP-1, como tirzepatida e semaglutida, devem ser comercializados apenas mediante prescrição médica, com retenção obrigatória da receita sistema já adotado, por exemplo, para antibióticos.
Essas regras se tornaram mais rígidas diante do aumento do uso indiscriminado. A intenção principal é reduzir a automedicação e garantir a segurança no consumo dessas substâncias pela população.