A correia banhada a óleo, também chamada de correia úmida, é um avanço técnico presente em diversos carros modernos. Sua proposta é simples: reduzir o atrito e o desgaste, ampliando a durabilidade do sistema. No entanto, esse tipo de correia exige atenção redobrada com a manutenção, especialmente no caso de veículos usados.
Como funciona a correia banhada a óleo e por que ela exige cuidados extras?
Ao contrário das correias dentadas convencionais, que operam fora do motor, a correia banhada a óleo trabalha imersa no lubrificante do próprio motor. Isso proporciona menor atrito e promete maior vida útil, até 240 mil km em condições ideais.
O problema está justamente nessa condição “ideal”: qualquer desvio na especificação ou no prazo de troca do óleo pode comprometer o sistema por completo, levando até à quebra do motor.
Quais os riscos reais dessa tecnologia nos carros populares?
A principal armadilha da correia úmida está na manutenção negligente. Como ela fica selada dentro do motor, não é possível identificar visualmente sinais de desgaste. Com isso, o motorista pode não perceber falhas até que ocorram danos sérios.
Ruídos metálicos, falhas na partida e perda de desempenho são sintomas que podem indicar problemas já avançados. A ausência de um histórico de trocas de óleo adequadas acelera o desgaste da peça.
Modelos com correia banhada a óleo que poucos proprietários conhecem
Apesar de parecer uma exclusividade de modelos premium, muitos carros populares contam com essa tecnologia. Veja os principais:
- Peugeot 208 1.2 (2016 a 2021)
- Ford Ka 1.0 (2015 a 2019)
- Ford Fiesta 1.0 (2016 a 2019)
- Chevrolet Onix e Onix Plus (a partir de 2020)
- Chevrolet Tracker 1.0 Turbo (a partir de 2020)
- Chevrolet Montana (a partir de 2023)
- Ford Ranger 2.0 turbodiesel
Esses modelos utilizam motores com foco em economia e eficiência. No entanto, a correia banhada a óleo, quando mal cuidada, pode se transformar em um pesadelo caro.
Quais cuidados são indispensáveis com a correia banhada a óleo?h\
Utilizar o óleo correto é o primeiro passo. Fabricantes como Chevrolet recomendam o Dexos 1 Gen3, enquanto a Peugeot exige o PSA B71 2302. Óleos genéricos ou fora da especificação reduzem drasticamente a vida útil da correia.
Além disso, mesmo que o fabricante prometa durabilidade estendida, trocar a correia antes do limite indicado é uma forma inteligente de prevenir danos maiores.
Checklist essencial antes de comprar um carro usado com essa tecnologia
Evitar problemas com a correia úmida começa na hora da compra. Siga este checklist para avaliar o carro com mais segurança:
- Peça o histórico completo de manutenção, com destaque para as trocas de óleo.
- Confirme o tipo de óleo utilizado nas revisões anteriores.
- Consulte um mecânico de confiança para avaliar o estado do motor.
- Considere trocar preventivamente a correia e o óleo ao adquirir o veículo.
Esses cuidados iniciais evitam prejuízos e asseguram que a tecnologia trabalhe a seu favor, e não contra.
Resumo: carros com correia banhada a óleo exigem atenção redobrada
- A manutenção preventiva é a única forma de evitar falhas sérias e custos elevados com motores que usam correia banhada a óleo.
- Óleo correto, histórico de manutenção e troca preventiva são pilares para garantir o bom funcionamento desse sistema.
- Carros como Onix, Ka e 208 são comuns no mercado de usados e merecem análise criteriosa antes da compra.
Se você está de olho em um desses modelos, vale o esforço de investigar a fundo o histórico do veículo. A prevenção pode salvar seu bolso e o motor do seu carro.