A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou uma proibição importante sobre a venda de determinados glitters usados na decoração de bolos e doces no Brasil, motivada pela preocupação com a presença de microplásticos, como polipropileno (PP) e polietileno tereftalato (PET), que não são autorizados para o consumo humano.
A decisão visa a proteção dos consumidores diante dos riscos associados à ingestão dessas substâncias e reforça a necessidade de diferenciação entre glitter comestível e decorativo.

Quais são os riscos do consumo de glitter feito de microplásticos?
O uso de glitter à base de microplásticos na alimentação pode causar irritação gastrointestinal e outros problemas, já que essas partículas não são digeridas pelo organismo. A ingestão acidental de microplásticos representa um risco sanitário relevante para a população.
Vale destacar que plásticos só são permitidos na indústria alimentícia em embalagens e utensílios, sob regulamentação rigorosa para evitar a contaminação dos alimentos.
Como identificar a diferença entre glitter comestível e não comestível?
Muitos consumidores e confeiteiros têm dúvidas sobre como distinguir o glitter adequado para consumo daqueles que servem apenas para decorar. Para garantir segurança, a Anvisa orienta observar atentamente os rótulos dos produtos.
Veja o que ajuda a identificar um glitter comestível:
- Presença clara da denominação de aditivo alimentar, como “glitter comestível”
- Lista de ingredientes detalhada
- Informações como lote e validade
- Ausência de plásticos como polipropileno (PP) ou PET na composição
Como a proibição afeta o mercado de confeitaria brasileiro?
A decisão da Anvisa força profissionais da confeitaria a reverem seus fornecedores e produtos, buscando apenas glitters certificados e permitidos. Isso pode representar mudanças de custos e adaptações na produção artesanal e industrial.
A medida também incentiva a adoção de práticas mais seguras e a valorização de produtos genuinamente comestíveis, fortalecendo a confiança do consumidor no setor.
Como a decisão da Anvisa estimula maior atenção à segurança alimentar?
Com a proibição, a expectativa é que consumidores e profissionais se tornem mais atentos à leitura de rótulos e à identificação dos ingredientes presentes nos produtos alimentícios. Essa conscientização tende a impulsionar demandas por informações mais claras e padronizadas nos rótulos.
Além disso, essa iniciativa pode contribuir para escolhas alimentares mais seguras e para a formação de uma cultura de consumo mais crítico e responsável no Brasil.