A pesquisa Genial/Quaest trouxe à tona questões cruciais no cenário político brasileiro, ao revelar a opinião dos eleitores sobre a possibilidade de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o papel do ex-presidente Jair Bolsonaro nas próximas eleições. Com base em entrevistas realizadas com 2.004 brasileiros, a pesquisa demonstra tendências que poderão influenciar significativamente o pleito de 2026.
De acordo com o levantamento divulgado nesta quinta-feira (9/10), 56% dos entrevistados são contrários à ideia de que Lula concorra à reeleição, enquanto 42% são favoráveis a um novo mandato para o atual presidente. Essa diferença de 14 pontos percentuais é a menor desde maio, o que sugere uma redução nas resistências à política de Lula. Contudo, a perspectiva de reeleição é apenas uma das diversas variáveis analisadas na pesquisa.
Como os eleitores analisam Bolsonaro nas eleições de 2026?

Entre os brasileiros, uma significativa maioria de 76% acredita que Bolsonaro deveria apoiar um outro candidato em vez de se lançar na disputa presidencial mais uma vez. Esse registro é o maior desde sempre, conforme as série de dados coletados. Apesar disso, há uma divisão entre os seguidores de Bolsonaro: 52% ainda esperam vê-lo como candidato nas urnas, enquanto 47% prefeririam que ele passasse o bastão para uma nova liderança.
Esses números refletem não apenas o desejo de mudança no cenário político, mas também a busca dos eleitores por novas figuras capazes de atender às suas expectativas e oferecer alternativas viáveis aos tradicionais nomes da política nacional. Tal cenário evidencia o desgaste das lideranças atuais, seja pelo acúmulo de rejeições ou pela crescente divisão política no país.
Como ficou a rejeição de Lula?
Uma análise dos índices de rejeição revela que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, enfrenta o maior percentual desde a sua ascensão política, alcançando 41% de rejeição. Esse aumento de 9 pontos percentuais desde janeiro representa um desafio considerável para sua liderança regional e possíveis ambições nacionais. Lula, por outro lado, apresentou uma leve recuperação, com sua rejeição caindo para 51%, ante um preocupante 57% registrado em meses anteriores.
Bolsonaro, embora ainda elevado, apresentou uma redução marginal em sua rejeição, mostrando sinais de estabilização no índice que atualmente se mantém em 63%. Outras figuras notáveis, como Eduardo Bolsonaro e Michelle Bolsonaro, também figuram com altos índices de percepção negativa, destacando-se no cenário político como personalidades com forte rejeição entre os eleitores.
Quais são os desafios para as próximas eleições?

A pesquisa Genial/Quaest destaca dois desafios principais: a identificação e o suporte de novos líderes para um eleitorado cansado das figuras políticas tradicionais. A rejeição significativa enfrentada por diversos políticos, combinada com um desejo crescente por renovação, cria um cenário complexo e desafiador para as eleições de 2026. Esta dinâmica demanda uma reformulação estratégica das campanhas e uma conexão mais direta e sincera com as expectativas do público.
Adicionalmente, a taxa de desconhecimento ainda é alta para algumas lideranças estaduais notáveis, como Ronaldo Caiado e Romeu Zema, o que pode tanto ser uma oportunidade quanto um impedimento para suas ambições nacionais. Neste contexto, líderes que consigam desvincular-se efetivamente das polêmicas anteriores e posicionar-se como agentes de mudança terão um caminho promissor.
É inegável o poder das pesquisas de intenção de voto em moldar percepções e influenciar decisões políticas. Neste caso, a pesquisa Genial/Quaest destaca tendências que podem estar orientando o comportamento dos eleitores e potenciais candidatos. Enquanto Lula e Bolsonaro ainda figuram como influentes no cenário político, a crescente rejeição e o desejo por renovação podem abrir portas para nomes emergentes que oferecem uma alternativa viável ao eleitorado insatisfeito. Entenda o cenário para 2026:
- A fragmentação da direita, com múltiplos candidatos disputando o mesmo eleitorado, pode beneficiar Lula, que se apresenta como uma opção mais consolidada.
- A indefinição de candidaturas na oposição, especialmente com a inelegibilidade de Bolsonaro, dificulta a formação de uma frente unificada.
10/ Quem está vendo a distância para Lula aumentar desde julho é o governador de São Paulo. Se a eleição fosse hoje, Lula teria 45% e Tarcisio 33%. Uma distância que era de 8 pontos no mês passado e que se transformou em uma distância de 12 pontos este mês. pic.twitter.com/bGNxdsoHLD
— Felipe Nunes (@profFelipeNunes) October 9, 2025
FAQ sobre rejeição de Lula
- Quais são as possíveis novas lideranças para as eleições de 2026? Os nomes de governadores como Romeu Zema e Ronaldo Caiado têm sido frequentemente mencionados como potenciais candidatos a ganhar destaque nacional, devido à sua relativa popularidade em seus estados e à busca por renovação no cenário político.
- Qual é o papel das mídias sociais na formação de opinião para as eleições de 2026? As mídias sociais continuam a desempenhar um papel crucial na formação de opinião, oferecendo plataformas para debates, compartilhamento de informações e propaganda política, que podem influenciar significativamente o resultado das eleições.
- Haverá influência estrangeira nas eleições de 2026 no Brasil? Embora difícil de prever, influenciações políticas e econômicas externas são sempre possíveis, especialmente à medida que o Brasil continua a expandir suas relações internacionais e enfatiza sua posição no cenário geopolítico global.