O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião emergencial com ministros do governo no Palácio da Alvorada para discutir a situação de segurança pública no Rio de Janeiro. Apesar de estar em viagem ao Sudeste Asiático, o presidente foi informado sobre a crise que já resultou em 64 mortes. Após um longo deslocamento, o presidente pousou em Brasília e imediatamente tomou medidas para entender e buscar soluções para a problemática enfrentada pelo estado do Rio de Janeiro.
Como a reunião de emergência foi motivada?
A reunião, na manhã desta quarta-feira (29/10), reúne importantes figuras do governo como os ministros Rui Costa, da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, de Relações Institucionais, Sidônio Palmeira, de Comunicação Social, e Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública. Essa medida visa traçar estratégias para lidar com a crise sem precedentes que se instalou no Rio.
O estopim para a reunião foram os eventos recentes no Rio de Janeiro, onde uma operação policial resultou em dezenas de mortes. Segundo informações, o governador do estado, Cláudio Castro, solicitou, sem sucesso, apoio das Forças Armadas em mais de uma ocasião, através de blindados, contudo, o governo federal não atendeu aos pedidos por falta de uma solicitação formal da Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Tal medida envolve a atuação das Forças Armadas na segurança pública de forma temporária e exige um processo burocrático que não foi realizado.
Como o governo reagiu à crise?
Durante os voos de volta do Sudeste Asiático, a comitiva presidencial estava, na maioria do tempo, sem comunicação, mas algumas mensagens de texto foram recebidas, alertando sobre a situação. Ao chegar a Brasília, foi percebido que a crise era mais grave do que se imaginava, já com um saldo preocupante de vítimas. A incomunicabilidade deixou o presidente e sua equipe sem total ciência dos eventos, que se agravaram durante sua ausência.
Na ausência de comunicação prévia sobre a operação no Rio de Janeiro, as forças de segurança federais se viram surpreendidas pelos acontecimentos. Em reunião prévia convocada pelo vice-presidente Alckmin, autoridades como Rui Costa, Jorge Messias e Macaé Evaristo participaram ao lado de representantes do Ministério da Defesa, Polícia Federal e Exército. Nesse encontro, foi discutida a falta de integração entre as forças estaduais e federais e o não acionamento das medidas de cooperação necessárias para evitar o agravamento da situação.
Como Lula se posiciona diante dos pedidos do Rio?
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O governo federal, por intermédio de Gleisi Hoffmann, destacou que o governador Cláudio Castro não havia feito formalmente um pedido para a decretação de uma GLO, necessária para a cessão de blindados e outras ações de grande envergadura. Castro havia solicitado apenas equipamentos e, segundo Gleisi, não seguiu o protocolo requerido para situações de tamanha magnitude. Diante disso, o governo federal ofereceu vagas em presídios federais para líderes de organizações criminosas e a realização de uma reunião emergencial no Rio de Janeiro, cuja confirmação ainda está pendente.
Nesse cenário de crise, a integração e coordenação entre os poderes federais e estaduais tornam-se fundamentais para a resolução e mitigação dos problemas causados pela operação no Rio de Janeiro. A reunião convocada por Lula é um passo importante para encontrar caminhos que evitem repercussões mais severas para a população.
FAQ sobre governo Lula
- Por que a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) é importante? A GLO permite que as Forças Armadas atuem temporariamente em atividades de segurança pública, algo essencial em situações de crise que superem a capacidade das forças locais.
- O que aconteceu durante a operação policial no Rio? A operação resultou em mais de 60 mortes, destacando a gravidade e os riscos de ações mal coordenadas entre as forças de segurança estaduais e federais.
- Como o governo federal reagiu aos pedidos do Rio de Janeiro? Foi oferecida a disponibilização de vagas em presídios federais para líderes do crime e uma reunião de emergência foi sugerida, mesmo sem a formalização do pedido de GLO.