Por Júnior Melo
O governo de Israel anunciou nesta semana que nenhum dos navios da Global Sumud Flotilla, interceptados pela Marinha israelense a caminho da Faixa de Gaza, transportava a ajuda humanitária alegada pelos organizadores da expedição. De acordo com o Jerusalem Post, as inspeções realizadas não identificaram carregamentos de alimentos, medicamentos ou suprimentos básicos que justificassem a missão como humanitária.
A flotilha, composta por cerca de 40 embarcações e centenas de ativistas internacionais, havia divulgado que levava suprimentos essenciais para a população de Gaza, sob bloqueio há anos. No entanto, segundo as autoridades israelenses, os barcos não carregavam mantimentos significativos. O episódio gerou forte repercussão internacional, com críticas à atuação de Israel, mas também levantou questionamentos sobre a real natureza da iniciativa.

Enquanto os organizadores da flotilha insistem que sua missão tinha caráter humanitário e acusam Israel de manipulação política, a versão oficial israelense reforça que a operação seria, na prática, uma ação de propaganda contra o bloqueio naval, sem entrega concreta de ajuda. O caso segue alimentando tensões diplomáticas e reacendendo o debate sobre a legitimidade das restrições impostas a Gaza.
Procedures are under way to wrap up the Hamas-Sumud provocation and to finalize the deportation of the participants in this sham.
— Israel Foreign Ministry (@IsraelMFA) October 3, 2025
Already 4 Italian citizens have been deported. The rest are in the process of being deported. Israel is keen to end this procedure as quickly as… pic.twitter.com/LeM1R25jTP