Nessa quarta-feira (22/10), o secretário de Defesa dos Estados Unidos (EUA), Pete Hegseth, anunciou um novo ataque direcionado a uma embarcação suspeita utilizada por traficantes de drogas no Oceano Pacífico. Esse tipo de operação, frequentemente chamado de ataque cinético letal, ocorreu sob as ordens do presidente Donald Trump. A intervenção resultou na neutralização de três indivíduos classificados como “narcoterroristas“. Essas operações estão inseridas em um contexto mais amplo de combate ao narcotráfico que opera em rotas conhecidas pela passagem de substâncias ilegais.
As informações indicam que a embarcação atacada estava percorrendo uma rota conhecida por atividades de contrabando de narcóticos. Durante a operação, que teve lugar em águas internacionais, a inteligência americana já havia confirmado o envolvimento da embarcação no comércio ilegítimo. O ataque não resultou em feridos entre as forças americanas, ressaltando a efetividade e a precisão com que essas missões são realizadas.
Qual a estratégia dos EUA no Pacífico?
Today, at the direction of President Trump, the Department of War carried out yet another lethal kinetic strike on a vessel operated by a Designated Terrorist Organization (DTO). Yet again, the now-deceased terrorists were engaged in narco-trafficking in the Eastern Pacific.
— Secretary of War Pete Hegseth (@SecWar) October 23, 2025
The… pic.twitter.com/PEaKmakivD
O combate ao que é denominado “narcoterrorismo” tem sido uma prioridade para a administração dos Estados Unidos. O termo é utilizado para caracterizar organizações que, além de traficar drogas, possuem envolvimentos em atividades terroristas que ameaçam a segurança nacional. Pete Hegseth afirmou que essas organizações são comparáveis à Al-Qaeda dentro do hemisfério ocidental, dado o seu impacto devastador nas comunidades e na segurança pública.
Desde que o presidente Trump intensificou os esforços para desmantelar redes de tráfico internacional de drogas, diversas operações militares foram realizadas no Pacífico. A estratégia também inclui uma autorização formal para que a Agência Central de Inteligência (CIA) execute operações secretas e, em muitos casos, letais. Um dos alvos é o regime venezuelano, liderado por Nicolás Maduro, com o intuito de pressionar pela deposição do mandatário. Tal postura reflete um endurecimento nas relações diplomáticas, particularmente após fracassos nas negociações com o governo de Caracas.
Qual o impacto das operações recentes?
Na véspera do último ataque, em 21 de outubro, outra operação similar no Oceano Pacífico resultou na eliminação de dois indivíduos também considerados “narcoterroristas”. Essas ações refletem uma política agressiva e preventiva, com o objetivo de neutralizar ameaças antes que alcancem as cidades americanas, uma estratégia que recebeu críticas e elogios internacionais.
A postura americana tem gerado preocupações em países como a Venezuela, que encara essas ações como ameaças de possível invasão. A liderança venezuelana vê a presença militar e as atividades secretas dos EUA na sua região como parte de um plano mais amplo de interferência, sendo o uso de força militar um cenário extremo temido por Caracas. Esse cenário político e militar crescente segue acontecendo na esteira do declínio das negociações diplomáticas entre os dois países.
Quais os próximos passos?
A ofensiva americana contra o tráfico de drogas no Pacífico é retratada tanto como uma batalha contra o crime organizado quanto como um elemento de política externa estratégia. A decisão de não aceitar um acordo que ofereceria participação na indústria petrolífera venezuelana é um sinal claro do atual estado das relações entre os EUA e a Venezuela. Além de minar potenciais laços econômicos, a decisão reforça a determinação americana de combater organizações que ameaçam sua segurança nacional e internacional.
Com as maiores reservas de petróleo do mundo, a Venezuela continua sendo um ponto de interesse para muitas nações, tanto por seus recursos naturais quanto por sua posição geopolítica. À medida que as tensões continuam, a possibilidade de envolvimentos militares diretos ou indiretos permanece sendo uma consideração política significativa para ambas as nações.
FAQ sobre EUA e Venezuela
- O que são ataques cinéticos letais? Ataques cinéticos letais referem-se a operações militares projetadas para neutralizar um alvo específico com mínimo contato direto, muitas vezes usando tecnologia avançada e armas de precisão.
- Por que a Venezuela é um foco nas operações americanas? Devido à liderança considerada ilegítima e às falhas nas negociações diplomáticas, os EUA veem o governo de Nicolás Maduro como uma ameaça potencial à estabilidade regional, assim como suas conexões com o narcotráfico.
- Quais são as consequências para os países envolvidos em atividades de narcotráfico no Pacífico? Países e organizações envolvidos em tais atividades enfrentam severas represálias de coalizões internacionais, incluindo sanções econômicas e ações militares, para neutralizar suas operações.