A nova pesquisa Futura/Apex, divulgada pela CNN Brasil nesta quinta-feira (23/10), trouxe um resultado considerado desastroso para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o levantamento, Lula perderia em todos os cenários de segundo turno, tanto para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quanto para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e até mesmo para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
Os números acenderam um alerta dentro do governo e na base aliada. O cenário indica erosão do apoio popular e crescimento consolidado da direita, especialmente entre os mais jovens e no Sudeste.
No entanto, horas depois, o instituto Quaest divulgou uma nova pesquisa em sentido oposto, mostrando Lula em vantagem sobre todos os principais adversários e apresentando índices de aprovação bem superiores aos da CNN/Futura.
A contradição entre os levantamentos levantou críticas e questionamentos nas redes sociais sobre a metodologia e o possível viés de coleta dos institutos. Especialistas lembram que, em 2022, divergências semelhantes entre pesquisas criaram forte desconfiança pública sobre a confiabilidade dos dados apresentados.
Analistas políticos avaliam que a diferença pode estar relacionada a momentos distintos de medição, recortes regionais e modelos de ponderação aplicados pelas empresas. Ainda assim, a disparidade extrema reacende o debate sobre o uso político das pesquisas e sua influência na formação da opinião pública.
Enquanto o Palácio do Planalto tenta conter o impacto da pesquisa negativa da CNN, aliados de Bolsonaro e Tarcísio comemoram o resultado como um sinal de que o cenário não é bom para Lula.
O fato é que, com dados tão contraditórios, o eleitor brasileiro segue em meio a uma guerra de números, e a cada nova pesquisa, fica mais difícil distinguir o que é estatística e o que é narrativa política.