Em uma tentativa ousada de modernizar a segurança nas estradas, a Malásia implementou em 2023 uma pintura fotoluminescente em um trecho rural de Semenyih, buscando oferecer uma solução inovadora para o problema crítico de iluminação deficiente em vias remotas, mas a realidade agravada com cortes frequentes de energia e associada ao elevado número de mortes anuais no trânsito.
O que aconteceu com a pintura fotoluminescente nas estradas da Malásia
A pintura especial, aplicada em 245 metros de estrada, foi projetada para emitir luz por até dez horas após o pôr do sol, proporcionando melhor visibilidade em locais onde a iluminação tradicional é precária ou inexistente. A resposta do público foi positiva, especialmente em situações de chuva e neblina em que as sinalizações comuns falham, gerando expectativas para expansão.
No entanto, apesar do entusiasmo inicial, o governo decidiu não ampliar a iniciativa para outras regiões, pois o custo da tecnologia se mostrou inviável frente a outras necessidades do país. Assim, o projeto acabou tendo vida curta.
Quais foram as principais limitações para adoção dessa tecnologia
Embora o projeto malaio tenha chamado a atenção, desafios significativos impediram sua expansão. O alto custo da tinta fotoluminescente, baseada em aluminato de estrôncio, foi o obstáculo principal comparado às tintas tradicionais, inviabilizando sua aplicação em larga escala.
Outro fator limitado foi o clima úmido e chuvoso do país, que resultou em rápida degradação do material, exigindo reaplicações recorrentes. Isso também foi evidenciado por estudos em outros países de clima semelhante.
Conheça exemplos de onde a tecnologia foi usada no mundo
Além da Malásia, outros países também experimentaram essa solução em trechos selecionados de suas estradas. Métodos parecidos foram testados nos Países Baixos e no Japão, utilizando o mesmo princípio de absorção e emissão de luz.
A seguir, veja alguns exemplos de locais onde a tecnologia já foi implementada experimentalmente:
- Países Baixos: ciclovias e estradas rurais ganharam trechos de marcação luminosa desde 2014.
- Japão: marcações em curvas perigosas e trechos costeiros afastados da rede elétrica.
- Austrália: testes pontuais em locais com alta incidência de neblina e baixo acesso à energia.
Como estão as perspectivas do uso de tintas que brilham no escuro
Após o encerramento do projeto, a prioridade nacional voltou-se para outras demandas, como a manutenção de buracos e melhoria na sinalização convencional. Apesar disso, a pesquisa sobre tintas fotoluminescentes continua em centros acadêmicos internacionais, em busca de soluções mais baratas e resistentes ao clima.
Embora a adoção em larga escala ainda encontre barreiras, há expectativa de avanços tecnológicos e possível viabilidade em contextos específicos, caso os próximos estudos resultem em alternativas financeiramente acessíveis.
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Perguntas Frequentes sobre pinturas fotoluminescentes em estradas
- Essas tintas são tóxicas? A maioria das tintas fotoluminescentes modernas é formulada para ser segura ao meio ambiente e não tóxica.
- Quanto tempo dura o brilho após o pôr do sol? Tipicamente, o efeito luminiscente dura até dez horas, dependendo das condições de luz e clima.
- Qual é o maior desafio para implementação? O custo elevado e a durabilidade em ambientes úmidos são as principais limitações técnicas e financeiras atuais.
- A tecnologia pode substituir postes de luz? Ainda não, mas pode complementar a infraestrutura em locais muito remotos ou de difícil acesso.