O Brasil vivenciou mudanças cruciais no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na política de reajuste do salário mínimo com a entrada em vigor da Lei 15.077/24 em 2025. Sancionada pelo presidente Lula, essa legislação vem como parte das estratégias do governo para otimizar a administração dos recursos públicos, equilibrando o suporte social com a necessidade de contenção fiscal. Essa abordagem visa proporcionar um sistema de proteção mais dinâmico e eficiente, alinhado às demandas econômicas contemporâneas.
Entre os principais ajustes introduzidos, destaca-se a necessidade de cadastramento biométrico para todos os beneficiários do BPC, que deverá ser atualizada bienalmente. Esta inovação pretende fortalecer a segurança e a precisão na concessão do benefício, reduzindo fraudes e garantindo que o auxílio chegue efetivamente a quem realmente precisa. Além disso, a lei revisou os critérios de elegibilidade e ajuste de renda familiar, com a exclusão de certos casos na configuração do núcleo familiar para o cálculo do benefício.
Como a nova lei influencia o reajuste do salário mínimo?
A reformulação das diretrizes para o reajuste do salário mínimo é outra mudança significativa, estabelecendo um teto de aumento de até 2,5% acima da inflação no período de 2025 a 2030. Essa estratégia busca compatibilizar o crescimento salarial com a capacidade fiscal do país, proporcionando estabilidade econômica e previsibilidade no cenário trabalhista. Com essa medida, o governo planeja manter um controle mais rigoroso sobre a inflação, garantindo que o impacto nas finanças públicas seja administrável.

Quais são as consequências econômicas dessas alterações?
Ao limitar o aumento do salário mínimo, busca-se não apenas o controle da inflação, mas também a preservação do poder de compra dos trabalhadores, assegurando que os ajustes sigam um ritmo sustentável. A atualização regular do cadastro biométrico e as mudanças nos critérios do BPC têm o intuito de assegurar que as políticas de assistência social sejam mais efetivas e atinjam as pessoas certas. Essas iniciativas são fundamentais para a manutenção da estabilidade fiscal e social do país.

O que muda nas regras para obter o BPC?
A Lei 15.077/24 trouxe alterações importantes no acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), buscando maior precisão na distribuição dos recursos. Entre as mudanças, destaca-se a consideração apenas dos membros que vivem na mesma residência para o cálculo da renda familiar, o que torna o processo mais justo. Além disso, pessoas com deficiência leve continuam elegíveis, evitando insegurança jurídica e garantindo a proteção de grupos vulneráveis.
- Deficiência leve: mantém a possibilidade de acesso ao benefício.
- Cálculo de renda: passa a considerar apenas os membros que coabitam no domicílio.
- Justiça social: regras mais claras favorecem a distribuição correta dos recursos.
- Gestão fiscal: medida busca equilíbrio entre proteção social e responsabilidade econômica.
FAQ sobre a Lei 15.077/24, BPC e reajuste do salário mínimo
- Quem precisa fazer o cadastramento biométrico do BPC?
Todos os beneficiários do BPC deverão realizar o cadastramento biométrico, sendo obrigatória a atualização a cada dois anos. - O cadastramento biométrico é feito onde?
O cadastramento pode ser realizado nos postos do INSS ou unidades do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), conforme orientação local. - Quais mudanças houve no cálculo da renda familiar para o BPC?
Apenas os membros que moram juntos são considerados no cálculo da renda per capita, e determinadas situações de exclusão podem ser aplicadas conforme a regulamentação. - Pessoas com deficiência leve ainda podem receber o BPC?
Sim, a lei garante a permanência de pessoas com deficiência leve entre os elegíveis ao benefício, respeitando os demais critérios socioeconômicos. - Como ficará o reajuste do salário mínimo de 2025 a 2030?
O salário mínimo poderá ter reajuste máximo de até 2,5% acima da inflação medida pelo INPC do ano anterior. - Essas mudanças já estão em vigor?
Sim, a maior parte das alterações já está em vigor desde a sanção da Lei 15.077/24, mas alguns procedimentos específicos podem depender de regulamentações complementares.