Correia banhada a óleo é um termo que vem causando dúvidas entre motoristas e compradores de carros usados. Segundo o mecânico e criador de conteúdos André Fernandes (@andresparck), modelos populares como Onix, Ford Ka e Peugeot 208 utilizam esse sistema, que exige cuidados redobrados. Com mais de 8 anos de experiência ajudando pessoas a evitar problemas mecânicos, André tem se destacado nas redes sociais por alertar sobre riscos ocultos em carros aparentemente confiáveis.
A tecnologia da correia banhada a óleo promete maior durabilidade e menos atrito, mas também traz riscos importantes caso a manutenção não seja feita corretamente. Neste artigo, você vai entender o que é esse sistema, quais modelos utilizam, quais cuidados tomar e por que um carro usado com essa tecnologia pode se tornar uma verdadeira dor de cabeça no futuro.
O que é correia banhada a óleo e como ela funciona?
A correia banhada a óleo, também conhecida como correia úmida, é instalada dentro do motor e lubrificada diretamente pelo óleo do propulsor. Diferente da correia dentada tradicional, que fica fora da carcaça do motor, esse sistema trabalha imerso em óleo para reduzir o atrito e aumentar a vida útil da peça.
Na teoria, essa configuração permite que a correia dure entre 160 mil a 240 mil quilômetros. No entanto, isso depende inteiramente da qualidade do óleo utilizado e da regularidade das trocas. O menor descuido com o tipo de lubrificante pode resultar na degradação da correia, levando a falhas graves no motor.

Quais carros utilizam correia banhada a óleo?
Segundo André Fernandes, modelos populares utilizam essa tecnologia sem que muitos donos saibam. Entre eles estão:
- Peugeot 208 1.2 (2016 a 2021)
- Ford Ka 1.0 (2015 a 2019)
- Ford Fiesta 1.0 (2016 a 2019)
- Chevrolet Onix e Onix Plus (a partir de 2020)
- Chevrolet Tracker 1.0 Turbo (a partir de 2020)
Esses modelos são equipados com motores modernos, que apostam em eficiência e economia. Contudo, a correia banhada a óleo nesses veículos pode representar um problema sério, especialmente em carros usados, onde não há garantia sobre a qualidade do ó garantia sobre a qualidade do \xf3leo utilizado anteriormente.
Quais os riscos de comprar carros usados com esse tipo de correia?
O maior risco está na falta de histórico de manutenção. Como a correia é lubrificada com o mesmo ó lubrificada com o mesmo \xf3leo do motor, qualquer troca feita fora das especificações ou com produtos de baixa qualidade pode comprometer a integridade da peça. O resultado pode ser a degradação prematura da correia e, em casos extremos, a quebra completa do motor.
Além disso, muitos proprietários não sabem que precisam seguir especificações de óes de \xf3leo extremamente rigorosas, como o uso do Dexos 1 Gen3 (GM), PSA B71 2302 (Peugeot/Citroën) ou WSS-M2C948-B (Ford). O uso incorreto ou genérico compromete todo o sistema de lubrificação.
Carros com correia banhada a óleo é realmente mais vantajosa?
Embora ofereça teoricamente maior durabilidade e menor ruído, a correia banhada a óleo exige um cuidado muito mais rigoroso. Em testes de montadoras, ela pode durar até 240 mil km, mas apenas sob condições ideais de manutenção.
Na prática, muitos relatos mostram problemas ocorrendo antes dos 100 mil km, principalmente em carros usados com histórico de troca de órico de troca de \xf3leo irregular. O risco de contaminação da correia, ressecamento ou desprendimento de fragmentos é real, e pode causar danos graves e dispendiosos ao motor.

Por que essa correia é chamada de “bomba-relógio”?
Como ressaltado por André Fernandes, não é possível verificar visualmente o estado da correia, já que ela está imersa no motor. Isso significa que um problema só será identificado quando o dano já for grave, como falhas na ignição, ruídos ou até a quebra do motor.
Esse risco oculto é o que faz a correia ser chamada de “bomba-relógio” por especialistas. Ao comprar um carro usado com esse sistema, o comprador pode estar assumindo um custo elevado caso a manutenção anterior tenha sido negligenciada.
Existe forma segura de comprar um carro com esse sistema?
Sim, mas exige cautela. O ideal é solicitar todas as notas de revisão e troca de óo e troca de \xf3leo desde a compra do veículo. Carros com revisões em concessionárias autorizadas oferecem maior segurança, pois geralmente seguem as especificações de lubrificante corretas.
Em casos de dúvida, é recomendável realizar a troca preventiva da correia e do óvel realizar a troca preventiva da correia e do \xf3leo, mesmo que o fabricante indique que ainda não seja necessário. O custo pode ser alto, mas evita problemas ainda mais caros no futuro.
Cuidado redobrado evita prejuízos silenciosos?
Se você está pensando em comprar um carro usado, especialmente os modelos mencionados por André Fernandes, conhecer o sistema de correia banhada a óleo é essencial. Com informação correta e manutenção adequada, é possível conviver bem com essa tecnologia, mas qualquer deslize pode custar caro.
Antes de fechar negócio, converse com um mecânico de confiança, revise o histórico de manutenção e não economize na prevenção. No fim das contas, o que parece um detalhe técnico pode ser o que vai salvar você de um prejúzo inesperado.