No Dia da Independência do Brasil, 7/9, uma série de manifestações organizadas por movimentos sociais, sindicatos e partidos de esquerda tomaram diversas capitais do país. Com o lema “Vida em Primeiro Lugar”, o evento buscou defender pautas como a soberania nacional, justiça social e a taxação dos super-ricos. Estas manifestações foram uma oposição direta aos atos bolsonaristas, incentivando o debate sobre temas de relevância social e política.
O “Grito dos Excluídos”, uma das principais atividades do dia, reuniu manifestantes em Brasília e em outras capitais. O evento aconteceu entre o Setor Bancário Sul e a plataforma superior da Rodoviária, com concentração na Praça Zumbi dos Palmares, no Conic. Entre as demandas dos manifestantes estavam a regulamentação da jornada 6×1, a taxação dos mais ricos e a convocação de um plebiscito popular para discutir temas de interesse nacional.
Quais foram as principais pautas defendidas neste 7/9?
Entre as principais pautas, destacavam-se a atenção aos direitos de idosos, mulheres, negros e pessoas em situação de rua. A manifestação também serviu de palco para a apresentação de atividades culturais, incluindo música ao vivo, poesia, rodas de capoeira e uma peça de teatro, reforçando a conexão entre cultura e mobilização social. Martinha do Coco, uma renomada artista do carnaval de Brasília, era uma das atrações esperadas.
A organização do evento também aguardava a presença de figuras políticas de destaque, como o ministro Márcio Macêdo, a deputada federal Erika Kokay e deputados distritais como Fábio Félix e Gabriel Magno. Além disso, o deputado Glauber Braga, conhecido por sua greve de fome em protesto contra um pedido de cassação, participou ativamente da manifestação, acompanhado de seu filho e ao lado de sua esposa, a deputada Samia Bonfim.

Atos e reivindicações em São Paulo
Em São Paulo, o evento foi igualmente significativo, ocorrendo na emblemática Praça da República sob o lema “Quem manda no Brasil é o povo brasileiro”. As lideranças participantes aproveitaram para criticar as sanções de visto e tarifas comerciais recentes dos Estados Unidos, relacionando-as com o cenário político brasileiro e o julgamento de Jair Bolsonaro.
Outro grupo do “Grito dos Excluídos” reuniu-se na Praça da Sé, com um foco especial na população em situação de rua. Nesse ponto da manifestação, os participantes distribuíram café da manhã e denunciaram problemas como a fome, a violência policial e o racismo estrutural. As desigualdades econômicas também foram abordadas, com propostas de políticas como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais e a redução da jornada de trabalho sem cortes salariais.
Impacto e Participação nas Manifestações
Com faixas e cartazes expressando mensagens de igualdade e preocupação com a diversidade de formas de vida, as manifestações do 7/9 reafirmaram o papel crucial da mobilização popular na definição dos rumos do país. Entre os participantes em São Paulo estavam figuras como Guilherme Boulos e Luiz Marinho, além de várias lideranças de centrais sindicais, todos reivindicando reformas que promovam uma sociedade mais justa e equitativa.
Essas ações ressaltam o vigor dos movimentos sociais no Brasil, ao mesmo tempo em que servem como um lembrete da contínua luta por direitos e justiça social. Em um cenário político polarizado, o 7/9 se mostrou mais uma vez um dia de reflexão sobre os desafios e esperanças do futuro do Brasil.
Grito do excluídos que acontece neste domingo (7), organizado por movimentos sociais, defende soberania do Brasil pic.twitter.com/JMNGGhbUZ5
— Band Jornalismo (@BandJornalismo) September 7, 2025
FAQ sobre as manifestações do 7/9
- O que é o “Grito dos Excluídos”?
O “Grito dos Excluídos” é uma mobilização nacional que ocorre anualmente no Dia da Independência para dar visibilidade a grupos sociais marginalizados e reivindicar direitos. É promovido por movimentos sociais, sindicatos e organizações populares. - Quais são as pautas mais recorrentes nessas manifestações?
As demandas mais comuns incluem justiça social, taxação dos super-ricos, combate à fome, proteção a minorias e à população em situação de rua, além da defesa da democracia e de políticas econômicas mais igualitárias. - Quem pode participar das manifestações?
Qualquer pessoa pode participar, incluindo representantes de movimentos sociais, sindicatos, partidos políticos, artistas, cidadãos comuns e famílias. A participação é amplamente aberta e inclusiva. - As manifestações são pacíficas?
Sim, a maioria das manifestações são pacíficas e contam, inclusive, com atividades culturais e de integração para todas as faixas etárias, buscando promover o debate público e a conscientização social. - Quais cidades concentram mais atividades do “Grito dos Excluídos”?
Grandes capitais como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte costumam receber os maiores atos, mas eventos relacionados à data ocorrem em todo o território nacional. - Por que o evento ocorre justamente no 7 de setembro?
Por ser o Dia da Independência do Brasil, a data é vista como um momento simbólico para refletir sobre a soberania nacional, os direitos sociais e reivindicar maior inclusão e justiça social para todos. - Como as reivindicações têm repercutido no debate político brasileiro?
As pautas das manifestações são frequentemente abordadas nos debates políticos e midiáticos, influenciando projetos de lei, discussões sobre tributação, direitos sociais e políticas públicas em defesa dos mais vulneráveis.