O custo de manutenção entre carro e moto é uma dúvida frequente para quem busca economizar sem abrir mão da mobilidade. Muitas pessoas acreditam que comprar um carro usado, com valor mais baixo, é sempre a opção mais vantajosa. Porém, o que realmente pesa no orçamento não é apenas o preço da compra, mas sim os gastos que surgem depois: combustível, seguro, peças e revisões.
Quem chama atenção para esse ponto é Paulo César, criador de conteúdo conhecido nas redes sociais como Pequeno Gênio, famoso por vídeos em que aborda a realidade financeira de forma simples e objetiva. Segundo ele, mesmo com renda apertada, é possível manter motos como Hornet, MT-07 ou CB500 sem grandes dificuldades, enquanto carros considerados baratos na compra podem gerar despesas mensais bem mais elevadas.
Por que o custo de manutenção de carro e moto é tão diferente?
Paulo César explica que muitos se iludem com o preço de aquisição do carro, acreditando que pagar menos na compra resolve o problema. Ocorre que combustível, revisões constantes e peças de reposição tornam a manutenção de veículos antigos complicada para quem tem orçamento limitado.
A moto, por outro lado, mesmo quando custa mais para adquirir, tem manutenção mais simples, consome menos combustível e possui peças mais acessíveis. Isso significa que, ao longo do tempo, o impacto financeiro tende a ser muito menor em comparação com um carro de valor parecido.
Quais fatores fazem da moto um veículo mais econômico de manter?
O consumo de combustível é um dos principais diferenciais. Modelos como a Honda CG 160 ou a Biz 125 chegam a ultrapassar 40 km por litro, enquanto carros populares dificilmente passam de 14 km por litro. Para quem utiliza o veículo todos os dias, essa diferença gera grande economia.
Outro ponto é que peças e revisões custam menos nas motos. Pneus, pastilhas de freio, correntes e filtros têm preços acessíveis, além da mão de obra em oficinas ser geralmente mais barata. O seguro também costuma ser mais em conta, o que alivia ainda mais os gastos mensais.
Por que seguro e combustível pesam tanto no bolso de quem tem carro?
De acordo com dados da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), o seguro de um carro popular pode ultrapassar R$ 2.000 por ano, dependendo do modelo e do perfil do motorista. Já no caso das motos de baixa e média cilindrada, o valor anual varia entre R$ 800 e R$ 1.500.
Além disso, a alta dos combustíveis encarece ainda mais a manutenção do carro. Segundo informações do Programa RenovaBio, veículos populares apresentam consumo médio entre 10 e 13 km/l, enquanto motos podem alcançar o dobro. Com o tempo, essa diferença pesa de forma significativa no orçamento.
O que diz o especialista sobre escolher entre carro e moto?
Para Paulo César, o equívoco é acreditar que apenas o valor inicial define se o veículo cabe no bolso. Muitas pessoas compram carros de 40 ou 50 mil reais imaginando que fizeram bom negócio, mas depois não conseguem arcar com as despesas mensais de seguro, pneus, freios e revisões inesperadas.
Ele reforça que, com uma moto de preço semelhante, mesmo sendo de média cilindrada, a manutenção tende a ser bem mais tranquila. Assim, pessoas com renda menor conseguem manter o veículo sem grandes dificuldades, o que é essencial para quem depende dele diariamente.
Vale a pena comprar uma moto em vez de um carro usado?
A decisão depende do perfil do condutor, da frequência de uso e da condição financeira. Porém, se o objetivo for economizar, a moto é mais vantajosa. Além de consumir menos combustível e ter revisões mais acessíveis, a depreciação mensal costuma ser menor em comparação com carros antigos.
O ideal é colocar todos os gastos no papel: preço de compra, seguro, consumo médio, revisões, pneus e possíveis imprevistos. Essa conta geralmente mostra que, mesmo com menos conforto, a moto é a alternativa mais viável para quem tem orçamento apertado.
Fontes oficiais utilizadas
- Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)
- Programa RenovaBio – Governo Federal
