Fábio Ferreira de Mello, renomado coreógrafo brasileiro, faleceu em 28 de janeiro de 2025, aos 61 anos, em Nova Friburgo (RJ). Conhecido por sua habilidade singular de contar histórias através da dança, Fábio marcou profundamente a cena artística, em especial o Carnaval carioca, onde se tornou referência.
Natural do Rio de Janeiro, ele iniciou sua carreira em contextos modestos, mas logo se destacou por suas ideias inovadoras e ousadia nas apresentações. Sua paixão pela arte o levou a colaborar com companhias de dança, projetos sociais e, sobretudo, com algumas das mais importantes escolas de samba do país.

Carreira e contribuições no Carnaval
Fábio de Mello revolucionou o conceito de comissão de frente no Carnaval. Ele se destacou principalmente na Imperatriz Leopoldinense, onde conquistou doze notas máximas consecutivas dos jurados e cinco Estandartes de Ouro.
Além da Imperatriz, ele também coreografou para escolas como Mocidade Independente de Padre Miguel, Viradouro e Beija-Flor de Nilópolis, levando ao desfile apresentações que uniam teatralidade, dança contemporânea e a cultura popular brasileira.
Reconhecimento e prêmios de Fábio de Mello
Ao longo da carreira, Fábio foi celebrado pela crítica e pelo público. Entre suas conquistas estão:
- Sete Estandartes de Ouro (principal prêmio do Carnaval do Rio);
- Prêmio Estrela do Carnaval;
- Reconhecimento internacional por espetáculos de dança apresentados em cidades como Amsterdã, Nova Iorque e Barcelona.
Uma de suas obras mais lembradas foi a fusão entre samba e balé clássico, considerada inovadora e capaz de levar a cultura brasileira para além das avenidas do Carnaval.
Qual foi o impacto social da sua arte
Além do trabalho artístico, Fábio teve papel essencial na inclusão social através da dança. Ele desenvolveu projetos que aproximavam jovens de comunidades carentes do universo artístico, mostrando que a dança poderia ser uma nova perspectiva de vida.
Para ele, a dança era mais do que técnica: era um veículo de transformação social, capaz de quebrar barreiras, construir pontes e formar cidadãos conscientes.
Síndrome de Guillain-Barré na vida de Fábio de Mello
Nos últimos anos, Fábio de Mello conviveu com a Síndrome de Guillain-Barré, uma condição autoimune que afeta os nervos periféricos. Mesmo com as limitações impostas pela doença, ele se manteve atuante e continuou inspirando bailarinos e escolas de samba, mostrando resiliência e amor incondicional pela arte.
Legado artístico e cultural
O impacto de Fábio na dança brasileira é inegável. Ele conseguiu unir elementos contemporâneos com a tradição cultural do país, criando espetáculos memoráveis. Seu legado se perpetua em cada comissão de frente apresentada no Carnaval, nos dançarinos que formou e nas companhias que ajudou a consolidar.
As aulas ministradas por Fábio eram marcadas pelo equilíbrio entre rigor técnico e acolhimento, estimulando a criatividade e a autenticidade de cada aluno.
Homenagens após sua morte
Após seu falecimento, companhias de dança, escolas de samba, alunos e amigos prestaram diversas homenagens. Um grande tributo foi realizado em São Paulo, reunindo artistas para celebrar sua vida e obra.
As homenagens têm como objetivo perpetuar sua visão artística e manter vivo o espírito inovador que ele trouxe para a dança e para o Carnaval.
@leonardo.bruno1 Morreu o coreógrafo Fábio de Mello, grande revolucionário das comissões frente do Carnaval. Ele foi o marco transformador do quesito nos anos 90, assim como Carlinhos de Jesus nos anos 2000 e o Casal Segredo, Priscilla Mota e Rodrigo Negri, na última década. Fábio ganhou 5 títulos pela Imperatriz Leopoldinense e é o maior vencedor do Estandarte de Ouro de Comissão de Frente, ao lado de Carlinhos de Jesus, cada um com sete troféus. Fez história! #fabiodemello #comissaodefrente #imperatriz #coreografo #carnaval ♬ som original – Leonardo Bruno
Perguntas Frequentes (FAQ)
- Fábio de Mello atuou fora do Brasil? Sim. Ele assinou coreografias e dirigiu espetáculos de dança e teatro em cidades como Amsterdã, Nova Iorque e Barcelona, levando a cultura brasileira para o cenário internacional.
- Ele trabalhou apenas no Carnaval carioca? Não. Embora sua fama esteja ligada às comissões de frente no Rio, Fábio também colaborou com companhias de dança contemporânea e projetos culturais em outros estados brasileiros.
- Qual foi o impacto social de seus projetos? Fábio usou a dança como ferramenta de inclusão, criando iniciativas que aproximavam jovens de comunidades carentes do universo artístico e oferecendo oportunidades de transformação pessoal e profissional.
- Que prêmios ele conquistou além do Estandarte de Ouro? Além dos sete Estandartes, ele recebeu o Prêmio Estrela do Carnaval e foi reconhecido pela crítica especializada em diferentes áreas artísticas, consolidando-se como um dos coreógrafos mais premiados do Brasil.