Soluções que permitem comunicação entre veículos e infraestrutura viária ganham força no mundo e podem se tornar padrão no Brasil futuramente.

Com os avanços da mobilidade conectada e dos veículos inteligentes, sistemas de comunicação entre veículos (V2V) e entre veículos e a infraestrutura urbana (V2I) estão ganhando destaque como soluções promissoras para aumentar a segurança e a eficiência no trânsito. Embora ainda não sejam obrigatórios por lei no Brasil, essas tecnologias já movimentam debates e testes no setor automotivo.
O que são os sistemas V2V e V2I
A comunicação V2V (veículo-para-veículo) permite que carros troquem dados sobre velocidade, direção e localização. Isso ajuda a evitar colisões, especialmente em cruzamentos e mudanças de faixa. Já a tecnologia V2I (veículo-para-infraestrutura) conecta os veículos a semáforos, sensores de tráfego, placas eletrônicas e outros elementos urbanos.
Ambas as tecnologias utilizam sensores, câmeras e redes sem fio. Quando integradas, criam um ecossistema rodoviário mais seguro e inteligente.

Como essas soluções impactam motoristas e fabricantes
Apesar de ainda estarem em fase experimental ou opcional em muitos países, as tecnologias V2V e V2I já influenciam as decisões de fabricantes. Montadoras globais têm investido em modelos compatíveis com conectividade veicular, antecipando uma possível padronização no futuro.
Para os motoristas, isso pode representar custos de adaptação e a necessidade de se familiarizar com recursos mais avançados de direção assistida. A médio prazo, esses sistemas devem se tornar mais acessíveis e integrados aos veículos de série.
Quais são os benefícios esperados
Especialistas e órgãos internacionais apontam uma série de vantagens para a adoção dessas tecnologias:
- Redução de acidentes, com alertas automáticos entre veículos;
- Maior fluidez no trânsito, graças à comunicação com semáforos e sinais;
- Menor emissão de gases, por evitar congestionamentos e otimizar trajetos;
- Facilidade para veículos autônomos, que dependem desse tipo de rede para operar com segurança.
O Brasil está preparado para essa transformação?
Algumas capitais brasileiras já iniciaram testes com sensores urbanos e faixas inteligentes, mas a adoção em larga escala ainda depende de investimentos em infraestrutura e conectividade.
A expectativa é que, nos próximos anos, políticas públicas e iniciativas do setor privado acelerem essa transição, tornando as tecnologias V2V e V2I mais comuns nas vias brasileiras.