Recentemente, o Senado recebeu para análise uma proposta do governo visando otimizar a reavaliação de benefícios previdenciários e assistenciais. Esta ação busca minimizar os pagamentos indevidos dentro do sistema. Trata-se do Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB), já aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 7 de agosto de 2025, que está prestes a ser examinado pelos senadores. A intenção principal desse programa é fortalecer a capacidade operacional do INSS, contando com o esforço adicional dos servidores do instituto e do Ministério da Previdência Social para a análise e perícia em concessões e revisões de benefícios, como pensões, auxílios-doença e aposentadorias por incapacidade.
A origem dessa proposta se deu a partir de uma Medida Provisória (MP), a MP 1.296 de 2025, que ao ser modificada por um projeto de lei de conversão (PLV 3/2025), passou a ser discutida sob uma nova forma nas casas legislativas. O texto que será apreciado pelo Senado foi amplamente debatido, recebendo emendas e ajustes propostos inicialmente pela comissão mista que avaliou a medida. A senadora Zenaide Maia teve um papel fundamental, ao criar um substitutivo que incorporou as sugestões ao texto original.
Como funcionará o Programa de Gerenciamento de Benefícios?
O PGB tem como foco atender a milhões de brasileiros que enfrentam dificuldades para terem seus benefícios reavaliados. Estima-se que mais de 2 milhões de benefícios estejam represados, necessitando de uma análise minuciosa. O programa pretende agilizar essa fila e resolver entraves dessa natureza, o que é evidente na fala da relatora que destacou o impacto crítico dessa situação para muitos cidadãos.
O orçamento do programa é de R$ 200 milhões, possibilitando um pagamento adicional a servidores que participaram da iniciativa. Esse extra remunera com R$ 68 os servidores do INSS por processo analisado e R$ 75 os peritos médicos federais por perícia realizada. Contudo, vale ressaltar que esses pagamentos adicionais não influenciarão a remuneração regular nem a aposentadoria dos servidores, não sendo considerados como base de cálculo para outros benefícios ou vantagens.
Quais as expectativas pela proposta?
Um comitê de acompanhamento foi idealizado no substitutivo para fiscalizar a execução do programa. Ele será integrado por membros representantes das carreiras de perícia médica federal, além de integrantes dos Ministérios da Previdência Social, de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, da Casa Civil e do próprio INSS. Este grupo terá a responsabilidade de supervisionar a implementação e os avanços do programa durante sua vigência.
A implementação deste programa está prevista para durar 12 meses, com a possibilidade de prorrogação única até 31 de dezembro de 2026. Tal extensão precisa ser aprovada e justificaria a continuação caso ainda existam pendências significativas a serem tratadas. Este tempo adicional seria necessário para assegurar o bom andamento dos processos e a conclusão das reavaliações.

Por que o Senado precisa aprovar a proposta?
O prazo para que o Senado vote sobre a MP é até 12 de agosto, uma vez que, após essa data, a medida provisória perderia seu efeito. Desta forma, o Senado tem a tarefa de avaliar e decidir sobre a eficácia e a importância do programa para oferecer uma solução definitiva às filas e atrasos nos processos de benefícios. A situação emergencial exige uma resposta rápida e eficaz para aliviar a tensão sobre aqueles que dependem desse auxílio.
Em suma, o Senado possui um papel crucial ao decidir sobre o futuro do Programa de Gerenciamento de Benefícios. A expectativa é que a iniciativa consiga, de fato, melhorar significativamente a eficiência dos serviços prestados, garantindo aos cidadãos brasileiros os seus direitos previdenciários de maneira mais ágil e justa.