Carros ruins para ter como primeiro carro é um tema que gera muita dúvida, principalmente entre jovens motoristas que estão prestes a adquirir seu primeiro veículo. Paulo César, criador de conteúdo automotivo conhecido como Pequeno Gênio (@pequenogeniooficial no TikTok e @pequeno.genio no Instagram), tem chamado atenção para escolhas que podem parecer boas, mas são armadilhas para iniciantes.
Com mais de 1,7 milhão de inscritos no YouTube, o influenciador aponta carros que, apesar do apelo estético e de desempenho, exigem manutenção cara, tên baixa visibilidade ou são potentes demais para quem ainda está pegando experiência. Neste artigo, vamos entender por que certos modelos não são ideais como primeiro carro, de forma simples e com embasamento em dados técnicos.
Por que não é todo carro que serve para iniciantes?
Segundo Paulo César, quando estamos procurando nosso primeiro carro, qualquer modelo pode parecer bom. No entanto, ele alerta que essa empolgação pode levar a escolhas ruins. Modelos como o Honda Civic G8, BMWs antigas e o Jetta TSI têm apelo visual e de status, mas escondem desafios que podem gerar frustração e prejuízos.
Ele explica que iniciantes muitas vezes são atraídos por carros mais esportivos ou sofisticados, mas esquecem de considerar custos como peças, seguro, consumo e dificuldade de dirigir. Paulo reforça que é melhor começar com um carro mais simples, confiável e barato de manter, para então evoluir com segurança.
Por que o Honda Civic G8 pode ser uma má escolha?
O Civic G8 é admirado por seu design moderno e confiabilidade, mas pode ser um problema para iniciantes. A manutenção desse modelo é cara se comparada a carros populares. De acordo com o site da Honda, revisões periódicas podem ultrapassar os R$ 1.500 dependendo da quilometragem. Isso sem contar peças como pneus e óleo, que também são mais caros.
Outro ponto é a visibilidade. Para quem está aprendendo a dirigir, é essencial ter boa percepção dos espaços ao redor. Segundo o especialista, o Civic tem uma visibilidade limitada, o que dificulta manobras e aumenta o risco de acidentes leves como arranhões e batidas em valetas.

BMW antiga é bom para começar a dirigir?
Ter uma BMW antiga pode parecer um sonho, mas Paulo César afirma que é melhor ficar longe desse tipo de carro como primeira experiência. O motivo principal é a frequente necessidade de manutenção. Modelos com 10 anos ou mais costumam apresentar problemas elétricos, superaquecimento e vazamentos.
Segundo a Tabela Fipe e relatos em fóruns especializados, o custo de peças e mão de obra é muito mais alto em relação a carros populares. Além disso, a direção é mais esportiva e baixa, o que dificulta o uso em cidades com buracos e lombadas, podendo causar danos na parte inferior do carro logo nas primeiras semanas.
Qual o problema do Jetta TSI como primeiro carro?
O Jetta TSI é um carro potente, com motor 2.0 turbo e 211 cavalos, según dados da Volkswagen. Para um motorista iniciante, controlar tanta potência pode ser arriscado. Paulo afirma que o carro estimula uma direção mais agressiva, o que aumenta a probabilidade de acidentes.
Outro fator é o consumo de combustível e manutenção. Um erro comum é achar que por ser usado, o Jetta sai em conta. No entanto, a manutenção é complexa e exige mão de obra especializada. Além disso, o seguro é mais caro devido ao perfil esportivo e ao histórico de sinistros.

Quais carros são mais indicados para iniciantes?
Para quem está começando, o ideal é buscar carros populares, com boa visibilidade e manutenção simples. Modelos como o Fiat Uno, Chevrolet Celta, Renault Sandero e Volkswagen Gol são indicados por serem robustos, fáceis de consertar e com peças acessíveis.
Esses carros têm direção mais leve, dimensões menores (facilitando estacionamento) e menor consumo. Também estão na lista dos mais vendidos, o que facilita encontrar peças e mão de obra. O importante é que o primeiro carro seja uma escola de aprendizagem, e não uma fonte de dor de cabeça.
O que considerar antes de comprar seu primeiro carro?
Antes de bater o martelo, o novo motorista deve avaliar o custo total de propriedade. Isso inclui IPVA, seguro, revisões, consumo, preço de peças e valor de revenda. Também é essencial testar a visibilidade, altura do solo e conforto ao dirigir.
Conforme recomenda o Denatran, é importante fazer um teste prático no carro e, se possível, levar um mecânico de confiança para avaliar as condições gerais do veículo. Escolher um modelo com histórico de baixa manutenção evita surpresas e ajuda o condutor a focar no que realmente importa: ganhar experiência e segurança.
Vale mais começar com simplicidade ou com estilo?
A escolha entre um carro “de responsa” ou um modelo mais simples pode parecer tentadora, mas como explica o Pequeno Gênio, estilo sem preparo pode custar caro. Começar com um carro básico garante mais autonomia e menos estresse.
O estilo pode vir com o tempo. Após um ou dois anos de experiência, o motorista estará mais preparado para lidar com modelos mais potentes, luxuosos ou complexos. Até lá, o importante é fazer escolhas que fortaleçam a aprendizagem e não criem traumas.
Fontes consultadas para este artigo
- Denatran – https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conducoesegura
- Tabela Fipe – https://veiculos.fipe.org.br