A pergunta “é mito que carro zero vale mais a pena?” está no cerne da abordagem de Eduardo Feldberg, educador financeiro e criador do canal Primo Pobre. Ele alerta que, ao optar por um veículo, você deve considerar não apenas a aparência, mas tudo que impacta o bolso — incluindo seguro, manutenção e IPVA.
A fala de Eduardo ganha ainda mais peso quando confrontada com dados da Serasa, que mostram que os gastos com automóveis são a segunda maior despesa das famílias brasileiras, ficando atrás apenas da alimentação.
Você realmente precisa de um carro?
Você realmente precisa de um carro? Eduardo questiona isso com base no seu estilo de vida e na infraestrutura ao seu redor. Se você tem transporte público eficiente ou mora perto de trabalho ou estudo, talvez apps como Uber sejam suficientes.
Porém, ele alerta que Uber nem sempre atende, especialmente em emergências – e isso pode ser arriscado em casos de saúde ou segurança.

É mito que carro zero não vale a pena? Caro e depreciável, segundo o especialista
Esse é o ponto central do vídeo: “é mito que carro zero vale mais a pena?”. Segundo Eduardo, o veículo zero sofre desvalorização rápida e acumula custos fixos e variáveis — como manutenção, combustível e seguro — que tornam os seminovos bem mais vantajosos.
Um carro usado bem escolhido pode ser até quatro vezes mais barato do que um modelo zero com os mesmos atributos básicos.
Como escolher um carro usado sem fazer besteira?
Eduardo reforça: não compre apenas pela beleza — considere o valor real, o seguro, manutenção, revisões e histórico. Inspecione com cautela: utilize checklist cautelar ou leve um mecânico de confiança, para evitar comprar um carro “bichado”.
Além disso, pesquise bastante antes de fechar negócio e jamais compre por impulso ou emoção.
Quilometragem alta é sempre pior? Ou não?
Há um foco forte na quilometragem: veículos com mais de 100 mil km costumam ter maior risco de falhas e manutenções caras. Por isso, “melhor um carro mais velho, mas com quilometragem baixa, do que um mais moderno com mais de 150 mil km rodados” — essa é a recomendação de Eduardo.
Mesmo que o carro seja mais novo, se tiver quilometragem alta, o custo-benefício pode não compensar.

Por que não comprar no início do ano? Espere ficar mais claro
Comprar carro no começo do ano pode ser arriscado — faltam dados importantes como IPVA, recalls ou histórico recente do veículo. Eduardo sugere aguardar até depois de abril, quando essas informações já estão disponíveis.
Assim, você evita surpresas e negocia com mais segurança.
Seguro, alarme ou rastreador: proteja seu investimento
Nunca fique sem seguro. Se não for possível, ao menos invista em alarme ou rastreador. A pesquisa da Serasa mostra que 92% dos motoristas já enfrentaram custos inesperados.
Ter uma proteção é essencial para evitar prejuízos maiores com furtos ou acidentes.
Vale mais comprar à vista e negociar sempre
Eduardo recomenda pagar à vista sempre que possível, mesmo para carro usado — isso evita juros e parcelas que impactam sua estabilidade financeira.
Negociar é essencial: vendedores costumam superestimar o preço, então tenha base de pesquisa de mercado para se posicionar bem.
Finalizando: o que realmente importa ao comprar um carro?
Eduardo resume que a escolha consciente envolve planejamento, economia e simplicidade. Um carro simples, econômico, usado com baixa quilometragem, comprado à vista e com proteção (seguro ou rastreador), pode ser suficiente — sem comprometer o orçamento nem criar dívidas desnecessárias.
Com essas orientações, você evita decisões impulsivas e garante uma compra mais inteligente e segura.