Os óculos de realidade aumentada estão ganhando forma rapidamente, enquanto os headsets de realidade virtual e mista, como o Meta Quest 3 e o Apple Vision Pro, ainda lutam contra o tamanho volumoso. O grande vilão por trás dessa questão é a tecnologia das lentes. Recentemente, o Meta Quest 3 conseguiu reduzir um pouco seu tamanho ao trocar de lentes de Fresnel para ópticas pancake, mas ainda está longe de atingir a leveza dos óculos comuns. Agora, pesquisadores da Meta e da Universidade de Stanford apresentaram um avanço significativo: o desenvolvimento de um sistema holográfico ultrafino que promete mudar o cenário. Este sistema possui apenas três milímetros de espessura, destacando-se como um avanço em direção a dispositivos mais leves e compactos.
Um novo tipo de display holográfico para realidade virtual
Publicado na revista Nature Photonics, o projeto dos pesquisadores abandona as imagens estereoscópicas planas dos headsets atuais. Em vez disso, utiliza um guia de onda personalizado onde lasers vermelhos, verdes e azuis são direcionados por espelhos em miniatura (MEMS). A luz passa, então, por um modulador espacial de luz (SLM) antes de alcançar a lente. O resultado é um sistema com apenas três milímetros de espessura, criando um holograma com profundidade genuína, resolvendo, assim, o problema das distâncias focais fixas.
Como se compara e o que vem a seguir?
Embora não seja a primeira tentativa de utilizar ópticas holográficas, a inovação de Meta e Stanford representa um avanço significativo. Em 2022, a Nvidia exibiu um protótipo de 2,5 mm com um campo de visão de apenas 23 graus. O design Meta-Stanford melhora isso, sinalizando um progresso em direção a óculos de realidade mista que poderão, um dia, substituir os headsets pesados. Além disso, a Nvidia também está no campo do desenvolvimento de tecnologias holográficas para realidade virtual, mostrando que o interesse pelas exibições holográficas se estende por várias empresas de tecnologia.
- Atualmente, a tecnologia ainda não está pronta para o mercado consumidor.
- O campo de visão é limitado, restando questões quanto à produção em massa.

Qual é o impacto na realidade mista?
Embora a proposta ainda enfrente desafios significativos, como a escala de produção e a amplitude do campo de visão, ela aponta para um futuro mais promissor onde dispositivos de realidade mista se tornam mais leves e semelhantes a óculos comuns. A pesquisa destaca que a indústria caminha em direção a modelos menos volumosos e mais integrados com a vida cotidiana, promovendo uma experiência de uso mais natural e confortável para os usuários.
Assim, com um olhar voltado para o futuro, a realidade mista parece estar cada vez mais próxima de se integrar ao dia a dia das pessoas de maneira prática e eficiente, sem os incômodos dos dispositivos volumosos de hoje.
Perguntas Frequentes (FAQ)
- O que torna o display holográfico Meta-Stanford diferente das tecnologias atuais?
O sistema utiliza um guia de onda personalizado com lasers RGB controlados por MEMS e moduladores espaciais de luz, criando hologramas reais e não apenas imagens planas, tudo em apenas 3 mm de espessura. - Quando essa tecnologia deve chegar ao consumidor final?
Ainda não há previsão exata, pois há desafios de produção em massa e expansão do campo de visão. Espera-se que versões mais avançadas possam chegar ao mercado nos próximos anos, à medida que a tecnologia evoluir. - Quais as principais vantagens desse avanço?
Entre as vantagens estão o potencial para dispositivos extremamente leves e finos, experiência visual mais confortável ao permitir foco natural em diferentes profundidades e maior integração com o uso cotidiano. - Quais empresas estão investindo em displays holográficos?
Além da Meta e Stanford, empresas como Nvidia, Apple e outras big techs estão desenvolvendo soluções avançadas para displays holográficos em realidade virtual e aumentada. - Há limitações conhecidas neste novo sistema?
Sim, atualmente o campo de visão ainda é modesto e o processo industrial para produção em escala precisa ser aprimorado.