Se você está de olho em carros usados e quer economizar na compra, é importante redobrar a atenção com alguns modelos que podem esconder prejuízos disfarçados de oportunidades. O perfil Auto Amigos @autoamigosoficial, conhecido por sua análise direta e crítica sobre o universo automotivo, fez um alerta importante sobre três modelos com manutenção cara e alto risco de dor de cabeça.
Com mais de 80 mil seguidores, o Auto Amigos tem ganhado destaque ao abordar o cotidiano dos apaixonados por carros de maneira acessível. Em um dos seus vídeos, o perfil aponta três modelos populares no mercado de usados que, apesar do preço atrativo, podem facilmente esvaziar o bolso de quem não está atento ao histórico de manutenção e às dificuldades com peças.
Quais carros merecem mais cautela na hora da compra?
Segundo o Auto Amigos, alguns modelos específicos se tornaram conhecidos por exigir manutenções complexas e com custo elevado. Um exemplo é o Mercedes-Benz Classe A 190, ano 2004. Apesar do visual moderno na época, esse carro possui um projeto pouco amigável para oficinas, com motor de difícil acesso e peças com alto custo, o que compromete qualquer economia na hora da compra.
Outro modelo citado é o Ford Fiesta 1.0 MPI Supercharger. Ele não é o 1.0 convencional, e sim um com sobrealimentador que traz dificuldades extras na hora de fazer manutenção. Esse sistema é pouco comum, e não são todas as oficinas que têm experiência com ele. Resultado: peças raras, mão de obra especializada e alto custo de manutenção.

Por que alguns carros baratos viram dor de cabeça?
O Auto Amigos deixa claro que o barato pode sair caro. No caso do Peugeot 206 1.6 16V, por exemplo, o preço atrativo esconde um histórico de problemas elétricos e de suspensão. É comum ouvir de mecânicos que certos componentes são de difícil acesso ou exigem substituição de módulos inteiros, mesmo em falhas simples.
O perfil destaca que esses carros costumam valorizar mais o visual do que a durabilidade. Além disso, por serem modelos fora de linha ou com projeto importado, muitas peças só são encontradas em desmanches, o que aumenta o risco de adquirir componentes com vida útil comprometida.
O que o Auto Amigos chama de “enriquecer o mecânico”?
A expressão usada pelo perfil resume bem a frustração de quem compra um carro barato e, em pouco tempo, percebe que está gastando mais com oficina do que gastaria com um modelo mais simples, porém confiável. O Mercedes Classe A, por exemplo, exige desmontagem completa da frente do carro para ações básicas, tornando qualquer visita ao mecânico uma despesa significativa.
No caso do Fiesta Supercharger, além de problemas no sistema de sobrealimentação, o modelo é conhecido por ser “manco” no desempenho e “beberrão”, não oferecendo bom custo-benefício nem em consumo nem em manutenção. Para o Auto Amigos, esses são exemplos clássicos de escolhas que levam mais benefício ao mecânico do que ao dono.
Quais os riscos de manutenção em carros importados e fora de linha?
Modelos fora de linha ou com origem importada costumam ter peças difíceis de encontrar, o que impacta diretamente no tempo e custo de manutenção. Segundo o CESVI Brasil, carros com peças não padronizadas ou com layout técnico complexo têm um índice de reparabilidade menor, o que aumenta o tempo de permanência na oficina e o custo total de reparo.
Outro ponto importante é que a rede de assistência desses modelos é mais limitada. Isso obriga o consumidor a recorrer a desmanches ou peças paralelas, muitas vezes sem garantia de procedência ou durabilidade. A falta de mão de obra especializada também contribui para erros de diagnóstico e retrabalho.

Como evitar escolhas que vão pesar no bolso?
A melhor estratégia é pesquisar o histórico de manutenção do modelo desejado, consultar opiniões de proprietários e procurar por carros com ampla rede de assistência. Veículos populares, como Fiat Uno, Chevrolet Celta e Volkswagen Gol, costumam ter custo de manutenção mais baixo e peças fáceis de encontrar.
Além disso, sites como o do Inmetro permitem consultar o consumo energético e emissões de diversos modelos, o que pode ajudar na decisão. Avaliar também o histórico de sinistros e o preço médio do seguro é essencial para não ter surpresas.
E então, dá para fugir dessas armadilhas?
Com certeza! O alerta do Auto Amigos serve para lembrar que, ao escolher um carro usado, não basta olhar o preço de compra. O custo total de propriedade é o que realmente importa: manutenção, seguro, consumo e desvalorização.
Se você está começando agora no mundo automotivo ou tem um orçamento limitado, prefira modelos conhecidos pela confiabilidade e baixo custo de manutenção. Evitar os carros citados pelo Auto Amigos pode ser o primeiro passo para uma experiência mais tranquila e econômica.
Fontes oficiais
- Inmetro: https://www.gov.br/inmetro