Eduardo Feldberg, educador financeiro e criador do canal Primo Pobre, alerta que ter um carro representa a segunda maior despesa das famílias brasileiras, ficando atrás apenas da alimentação. O especialista, com cerca de 3 milhões de seguidores no Instagram (@eduardofeldberg), fundamenta sua fala em pesquisa da Serasa e apresenta cenários que ajudam a avaliar se vale a pena investir em um veículo.
A seguir, um guia estruturado que traz fidelidade às ideias de Eduardo, validado com dados da Serasa e de órgãos oficiais.
Por que carro é o segundo maior gasto no orçamento familiar?
Segundo pesquisa da Serasa com 2.023 famílias, 67% afirmam que os custos com automóvel são o segundo maior gasto, atrás apenas da alimentação (69%) e acima de contas básicas como água, luz e gás (62%). Esses custos envolvem impostos (IPVA, licenciamento), seguro, combustível e manutenção – o que Eduardo reforça ao alertar sobre despesas fixas e variáveis. Ele menciona ainda que 31% dos entrevistados gastam mais do que planejavam e 92% já tiveram despesas inesperadas.
Você realmente precisa da liberdade de um carro?
Eduardo explica que a necessidade de um carro depende do seu perfil. Se você é solteiro, mora com os pais e tem acesso fácil ao transporte público perto do trabalho, talvez seja mais vantajoso usar apps como Uber apenas nos finais de semana. Ele alerta, porém:
“Uber nem sempre atende — e em casos de emergência, como criança passando mal na madrugada, pode faltar opção rápida.”
Para quem tem família, filhos, ou mora em bairro com pouco atendimento do transporte público, possuir um carro oferece tempo de resposta e segurança. A independência de não depender de terceiros em situações críticas, como noites em que Uber não chega, pode ser decisiva.
É mito que carro é acessível se for usado só de madrugada?
Não é mito. Eduardo menciona casos reais de pessoas que perderam emergências porque não tinham carro — dependência de terceiros nesse momento pode acarretar riscos sérios. Embora pagar Uber seja prático, há o risco de não conseguir chamada, o tempo de espera pode ser de 40 minutos ou mais.
Se você tem família, esse atraso não é risível, pode ser até fatal.
Vale mais a pena alugar, usar apps ou ter um carro?
Essa é parte central da reflexão com base em Eduardo Feldberg:
- Se for solteiro ou usar raramente: apps e locação pontual podem ser mais econômicos.
- Se tiver família e usar com frequência: carro pode valer por oferecer liberdade, conforto e segurança em qualquer hora.
Importante: sempre buscar opções mais simples, como um carro usado – por exemplo, um Gol, que já resolve boa parte dos deslocamentos básicos. Esse equilíbrio entre custo e funcionalidade é essencial para uma escolha inteligente.
Quais cuidados tomar ao optar por carro usado?
Eduardo também é cauteloso: compra de carro usado deve ser criteriosa:
- Calcular todo custo: IPVA, seguro, combustível, manutenção, depreciação.
- Escolher modelo simples e econômico.
- Comprar à vista para evitar juros.
- Reservar emergência para imprevistos.
Ele sugere modelos populares e robustos, com manutenção acessível, consolidando a ideia de que carro não é só luxo, mas responsabilidade financeira.
E a depreciação, seguro e manutenção?
Segundo estudo da Wikipedia, o carro desvaloriza cerca de 15% a 20% ao ano, além dos custos recorrentes de combustível e manutenção. Eduardo lembra também dos riscos emergenciais – troca de pneus, batidas, multas.
A dica: tenha seguro ou, se não for possível, ao menos alarme ou rastreador, e mantenha dinheiro guardado para imprevistos.
Quer reduzir esse peso financeiro?
Eduardo ensina que é possível diminuir os gastos:
- Comprar veículo usado ou carro mais básico.
- Manter seguro, alarme ou rastreador.
- Controlar consumo com manutenção preventiva.
- Evitar carro zero por causa de depreciação alta.
- Usar apps quando for realmente mais barato.
- Guardar parte da renda em uma reserva para emergências.
Essa postura, aliada a uma visão realista de perfil e rotina, ajuda a economizar significativamente.
Você está pronto para decidir?
Toda escolha tem prós e contras. Se seu perfil se encaixa em quem precisa de liberdade e segurança, investir num carro pode fazer sentido. Mas se você usa raramente, mora em região com bom transporte e não tem urgências, talvez apps sejam mais vantajosos.
Eduardo finaliza: compre com planejamento, consciência e simplicidade – um Gol usado pode ser suficiente para muitos.
